As Polícias Civil e Militar deram início à operação de cumprimento dos 168 novos mandados de prisão expedidos pelo juiz da Quinta Vara de Execuções Penais da Comarca de Várzea Grande, Abel Balbino Guimarães. Até sexta-feira (20), seis pessoas haviam sido presas e encaminhadas para a Polinter, em Cuiabá. Os novos mandatos obedecem à Resolução nº 137/2011 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e trazem algumas novidades, como prazo de validade para a prisão, que envolve a prescrição do crime, e fotos da pessoa a ser presa.
Embora a competência para o cumprimento de mandados de prisão seja exclusiva da Polícia Civil, a Polícia Militar é parceira do Poder Judiciário nesta iniciativa. Segundo o aspirante a oficial Luís Cláudio Nunes, do 4º BPM, de Várzea Grande, os mandados são distribuídos diariamente às companhias de polícia do município, de acordo com a localização do endereço fornecido no documento.
O aspirante explicou que a equipe se reúne cedo, às 5h, para dar início ao cumprimento dos mandados nas primeiras horas da manhã. “O objetivo é aproveitarmos o elemento surpresa”, destacou o oficial. Como a Polícia Militar vem desenvolvendo esse trabalho sem prejuízo das atividades diárias, que são as rondas ostensivas pelos bairros, a manutenção de viaturas em pontos estratégicos da cidade e o atendimento às chamadas em casos de emergência, o oficial salientou que o número de prisões diárias, num total de três, está dentro da expectativa.
Para que o trabalho seja realizado com sucesso, o aspirante destacou ser fundamental a participação da população, que deve procurar a Polícia para denunciar a presença de um procurado nas redondezas. O aspirante afirma que o nome do denunciante pode ser mantido em sigilo. As ligações podem ser feitas para o 190, da Polícia Militar, ou para o 197, da Polícia Civil.
A importância das denúncias para o êxito da missão é compartilhada pelo delegado da Polinter, Elias Miguel Daher. O delegado explicou que a Polinter tem atualmente mais de 32 mil mandados de prisão em aberto de todo o país, sendo a maioria de Mato Grosso. Ele acrescentou que os seis presos já foram encaminhados para as unidades prisionais correspondentes, quais sejam, o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), Penitenciária Pascoal Ramos, Presídio Feminino ou Capão Grande, em Várzea Grande.