A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, concluiu o inquérito policial da prisão de sete pessoas envolvidas no assalto aos bancos em Vila Rica (região Nordeste). O inquérito foi encaminhado, hoje, ao Fórum de Vila Rica com indiciamento dos integrantes nos crimes de roubo majorado, praticado mediante de emprego de arma de fogo, concurso de pessoa e restrição da liberdade da vítima.
Outros quatro integrantes da quadrilha, com mandados de prisão expedidos, também serão indiciados pelo delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta, que preside as investigações. “Os suspeitos serão indiciados em autos complementares ao inquérito enviado à Justiça”, disse o delegado, através da assessoria.
Conforme Stringueta, a Polícia Civil também deverá requisitar à Justiça o perdimento dos 16 veículos apreendidos no dia 27 de setembro, em Palmas (TO). Ao todo, são cinco motocicletas, dois caminhões e nove automóveis, entre eles um Toyota Corolla, zero km, comprado um dia antes do grupo ser preso, um Honda Civic, um Golf, um Siena, uma EcoSport, um Celta e outras modelos populares.
Os carros foram trazidos, conforme Só Notícias já informou, no sábado (5), para Vila Rica, além de R$ 50 mil, depositado na conta da Justiça, duas pistolas ponto 40, dois revólveres e carregador com munição de fuzil 7,62. Para conduzir os veículos foram mobilizados 14 policiais da regional de Confresa.
Na quinta-feira (3), os delegados da Regional de Confresa, João Biffe e Michael Mendes Paes, estiveram em Palmas (TO) e procederam ao interrogatório dos sete integrantes, por envolvimento com a quadrilha que roubo três agências bancárias, na modalidade “Novo Cangaço”, no dia 9 de setembro, em Vila Rica.
O delegado de Vila Rica, João Biffe, disse que seis estavam com documentos falsos e negaram no ato da prisão se tratar da pessoa procurada pela polícia, mas durante o interrogatório confessaram as verdadeiras identidades. “Todos são também da mesma cidade, Caraúba, no Rio Grande do Norte”, destacou o delegado.
Conforme o delegado, os presos também negaram envolvimento com o roubo às agências de Vila Rica. No entanto, apreensões de carros, produtos e valores levaram a polícia a acreditar na ligação dos presos com a quadrilha que assaltou os bancos. Nas buscas, realizadas no dia 27 de setembro, a Polícia Civil apreendeu na casa de um deles R$ 48 mil, 16 aparelhos de celular, sete chips, seis cartões de abastecimento de crédito de celular, um carregador munição de fuzil 7,62. O preso alegou não saber a origem dos produtos encontrados em sua casa.
De acordo com o delegado do GCCO, Flávio Stringueta, com morte de Antonio Moura, o “Nego Véi”, ocorrida em confronto na mata, com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a quadrilha passaria a ser comandada por Antônio Carlos de Lima, conhecido por “Preto de Benedito”, apontado como segundo na liderança da organização, com apoio do núcleo financeiro gerenciado por Francisco Eniran Lopes Cavalcante.