Sílvio César de Araújo, de 49 anos, conhecido como ‘Cabelo de Bruxa’, foi preso, ontem pela Polícia Federal em Manaus. Ele é procurado pela polícia de Mato Grosso desde que fugiu, há 11 anos, da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, após a explosão de um dos muros da unidade prisional. Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, ele é um dos assaltantes mais procurados no país e liderou diversos roubos a banco no Estado, na modalidade que ficou conhecida como “novo cangaço”.
Ele estava com um mandado de prisão expedido pela 2a Vara Criminal de Cuiabá, com uma pena a cumprir de 17 anos pelos crimes de roubo qualificado, associação criminosa e destruição de patrimônio. Ele foi indiciado em diversos inquéritos da Polícia Civil de Mato Grosso por roubos a instituições bancárias no estado.
Segundo a Polícia Civil, em 2020, a Gerência de Polinter e Capturas foi acionada pelas Polícias Civis de São Paulo e de Goiás em busca de informações sobre o atual paradeiro dele, que era suspeito de participação em assaltos com a tomada de cidades. Em 2018, foi preso em Rondônia. Um novo mandado de prisão contra Sílvio foi decretado em pela Vara de Execuções Penais de Cuiabá, em dezembro de 2020, que estava solto. Ainda havia pena remanescente de 17 anos em regime fechado a cumprir.
Com extensa ficha criminal, ‘Cabelo de Bruxa’ liderou quadrilhas de assaltos a bancos que agiram em Mato Grosso com ações violentas, entre elas, usando reféns como escudos humanos na frente das agências bancárias atacadas, segundo a Polícia Civil. Os criminosos realizavam a explosão das agências, causando diversos danos às estruturas, o que obrigava a população a se deslocar a outras cidades em busca de atendimento.
Sílvio César foi investigado e indiciado em diversos inquéritos policiais e em 2011, ele e outros dez criminosos foram presos durante a operação Lacraia que investigou integrantes do Novo Cangaço.
A polícia informou que, em 20 de agosto de 2012, Cabelo de Bruxa liderou uma fuga em massa da PCE, em Cuiabá, quando foram usados artefatos explosivos para destruir parte do muro de contenção da unidade prisional. Na ocasião, escaparam da penitenciária 35 criminosos que estavam no pavilhão 3, boa parte deles envolvida em roubos a bancos. A investigação da GCCO apontou que a fuga foi arquitetada durante oito meses e teria custado cerca de R$ 500 mil financiados por Lindomar Alves de Almeida, conhecido por “Nenezão”, considerado um dos maiores assaltantes de banco do Brasil.
As informações são da assessoria da Polícia Civil de Mato Grosso.
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