Se depender dos agentes, delegados e escrivães de Mato Grosso, a Polícia Federal pára a meia-noite, justamente do dia 23, dia do referendo nacional sobre armas. Uma assembléia geral realizada no último sábado (15), na sede da Associação da PF, deixou bem claro que a tendência é parar.
A partir de hoje, até quarta-feira (19), todos os sindicatos regionais estão reunidos em Brasília em assembléia geral permanente. Assunto principal: paralisação.
Entre os presidentes de Sindicatos de Policiais da Polícia Federal está Erlon Brandão, de Mato Grosso, que conversou com a reportagem, do Site 24 Horas News e não escondeu a revolta da categoria pelo descaso do Governo Federal.
Segundo Brandão, o ministro da Administração do governo Lula sentou em cima de uma gratificação de 200% sobre o salário base de R$ 400 da categoria, já acordado e aprovado há mais de três meses.
“Não é muita coisa, mas são mais oitocentos reais em nosso orçamento. Acontece, que apesar do acordo firmado bem antes, e aprovado, o Ministério da Administração não vem dando a importância devido ao acordo, tanto é verdade, que nunca pagou”, afirmou Brandão.
O presidente do Sindicato de Mato Grosso que está em Brasília, evitou falar em paralisação, mas não descartou que a categoria venha a votar pela paralisação, justamente no dia do Referendo.
“Não é a nossa meta parar, até porque temos diversos assuntos para discutir. Agora, se o Governo não cumprir o acordo, ai com certeza a categoria não vai ter outro jeito, que não seja a paralisação. Vamos aguardar até a próxima quarta-feira”, completou Brandão.