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Polícia Federal cumpre mandados de prisão da Operação Lava Jato em Cuiabá

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Gazeta Digital (foto: Chico Ferreira/arquivo)

O apartamento do advogado tributarista e contador, Mascosval Paiano, foi um dos alvos da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira em Cuiabá, na nova fase da Operação Lava Jato. Ele mora no bairro Jardim Aclimação. No local foi cumprido um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal. O proprietário não estava no local, mas os policiais pediram um chaveiro para abrir o apartamento.

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quarta-feira (31) mandados de prisões preventivas e temporárias, e busca e apreensão em Cuiabá e mais 15 municípios na 62ª fase da Operação Lava Jato, denominada Rock City. A ação investiga o pagamento de propina disfarçada como doação de campanha eleitoral por empresas de um grupo que teria movimentado R$ 120 milhões e ainda lavado R$ 1,3 bilhão em uma operação fiscal irregular.

Segundo a PF, a propina era paga pelas empresas do grupo investigado e também por uma empreiteira, que trocava reais no Brasil por dólares em contas no exterior, transação conhecido como dólar-cabo.

Além de Cuiabá, também foram cumpridos mandados no estado de São Paulo em Boituva, Fernandópolis, Itu, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Porto Feliz, Santa Fé do Sul, Santana do Parnaíba e São Paulo; Cassilândia (MS); Petrópolis e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (RJ); e Belo Horizonte (MG). Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).

A 62ª fase da Lava Jato investiga as ações de uma empreiteira, que viabilizava os pagamentos de propina do grupo de empresas, para evitar o rastreamento dos valores e a descoberta dos crimes. Um dos executivos da empreiteira afirmou em delação premiada que foram pagos a políticos R$ 120 milhões em campanhas eleitorais entre 2008 e 2014.

Outro executivo do grupo investigado afirmou que R$ 1,3 bilhão foi regularizado em 2017 através do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT). O dinheiro teria origem em um sistema de sonegação tributária que contava com a burla de medidores de produção de cerveja, que era vendida sem que fossem cobrados impostos.

De acordo com as investigações, o esquema faz parte de uma engrenagem maior que pagava propina a funcionários públicos da Petrobras e do governo Federal. Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de ativos financeiros dos investigados.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde serão interrogados.

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