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Secretário de prefeitura é alvo no Mato Grosso em operação que investiga esquema de R$ 21 milhões em pagamento por PIX

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Redação Só Notícias (atualizado 14h24 - foto: assessoria/arquivo)

A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, deflagrou hoje, a Operação Dígito 8, que desarticulou um esquema de fraudes em pagamentos de guias de arrecadação via QR Code PIX. São cumpridos 10 mandados de prisões e de buscas e apreensões, no DF e em mais oito Estados (Mato Grosso, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Amapá, Goiás e Rio de Janeiro). Conforme a Polícia Civil de Mato Grosso, o mandado de busca e apreensão domiciliar na residência do secretário de finanças do município de Acorizal (62 km ao norte de Cuiabá).

Segundo as investigações, o esquema criminoso começou em janeiro do ano passado e causou um prejuízo de R$ 21 milhões. Os criminosos adulteravam o QR Code PIX das guias de arrecadação, inserindo valores significativamente menores do que o valor real da guia.

As ordens judiciais foram expedidas pela Terceira Vara criminal de Brasília, tendo como alvo dos mandados de busca e apreensão residências e gabinetes de secretários de finanças. Entre os crimes investigados estão invasão de dispositivo eletrônico, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em Mato Grosso, durante o cumprimento das buscas na residência do servidor municipal, foi localizado dentro do guarda-roupa de um dos quartos, um revólver calibre 22, com oito munições intactas, além de seis munições calibre 38 e uma calibre 50 que estavam em uma cômoda em outro quarto.

A fraude foi meticulosamente orquestrada por quatro núcleos distintos, segundo a polícia. Núcleo Operacional: responsável por explorar a vulnerabilidade e efetuar os pagamentos; Núcleo de Prefeituras: Emissão das guias fraudulentas e repasse das verbas. Prefeituras de Acorizal (MT), Morros (MA), Ubaitaba (BA), Serra do Navio (AP), Jacinto (MG) e Acorizal (MT) estiveram envolvidas; Núcleo de Intermediadores: Facilitou a comunicação entre o núcleo operacional e as prefeituras e Núcleo Financeiro: Utilizou empresas para permitir a retirada dos recursos ilícitos das contas das prefeituras.

A operação, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, é considerada uma das mais significativas contra crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro no Brasil. “O resultado da operação reforça a necessidade de atualização dos sistemas de segurança das instituições financeiras para prevenir tais vulnerabilidades”, informou, através da assessoria.

Outro lado
A prefeitura de Acorizal, em nota, confirmou que policiais realizaram uma busca na sede do Paço Municipal. “A ação estava relacionada a uma suposta quadrilha que teria aplicado golpes em prefeituras no Brasil, incluindo o Banco do Brasil. Em primeiro lugar, é fundamental destacar que o Município de Acorizal é uma vítima nesse cenário, pois não há qualquer acusação de corrupção contra nenhum servidor. Apenas um servidor foi intimado para prestar informações sobre a suposta fraude ou golpe aplicado por esta quadrilha contra o Município”, diz trecho da notal.

Ainda conforme o comunicado, a prefeitura informou que “tomou medidas imediatas ao buscar as autoridades policiais e comunicar os fatos ocorridos por meio de boletim de ocorrência. O objetivo é colaborar plenamente com as investigações para que a verdade seja apurada, e os responsáveis sejam devidamente denunciados e punidos conforme a legislação vigente. O município de Acorizal está empenhado em fornecer todas as informações necessárias às autoridades competentes, colocando-se à disposição dos órgãos de controle para esclarecimentos adicionais, se necessário. A administração municipal reafirma seu compromisso com a transparência e a legalidade, repudiando veementemente qualquer prática ilícita. Neste momento, a prioridade é colaborar com as investigações para esclarecer todos os detalhes do ocorrido”, acrescentou.

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