Seis servidores do Departamento Estadual de Trânsito e um despachante foram presos, esta manhã, na operação Falsários, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores com a Coordenadoria de Fiscalização de Credenciados (Cfisc) e a Corregedoria do Detran. Quatro são originários da Ciretran em Várzea Grande, um trabalha na agência em Nova Mutum e o outro atua na Ciretran de Rosário Oeste. A assessoria de imprensa da Polícia Civil havia informado anteriormente que o servidor preso em Rosário seria o chefe do Ciretran. Também foi preso um despachante em Várzea Grande.
Foram cumpridos sete mandados judiciais de prisão temporária, teve o suporte do núcleo de inteligência da unidade e da Delegacia Regional de Cuiabá, na apuração de fraudes e corrupção praticados na Ciretran Várzea Grande.
O delegado adjunto Marcelo Martins Torhacs, que coordena a operação, informou que os presos são suspeitos de uma série de fraudes na inserção de dados no Sistema Informatizado (Detrannet) do Detran, em troca de vantagens. “Para cada documento recebiam entre R$ 150 a 200 reais. Montante significativo uma vez que a prática é antiga, coisa habitual”, disse.
A investigação identificou irregularidades em diversos processos para emissão e regularização de documentos de veículos, que vão desde a montagem de processos faltando documentos ou com documentos errados, falta de vistoria ou sua realização via aplicativo WhatsApp, entrega de lacres para pessoas não autorizadas, auditorias fraudulentas, entre outras.
Os presos vão responder por crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos no Sistema Informatizado do Detran, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, informa a assessoria da Polícia Civil.
(Atualizada às 8h 24/8)