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Polícia faz operação contra suspeitos de aplicar golpe do falso médico e cumpre 11 mandados em Mato Grosso

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A operação, “Jaleco Preto”, foi desencadeada hoje, para o cumprimento de 11 ordens judiciais contra membros de uma organização criminosa, comandada por presidiários da Mata Grande, em Rondonópolis. A ação foi desencadeada pela Polícia Civil do Amazônia, em parceria com policiais civis de Mato Grosso.

De acordo com o delegado, Cícero Túlio Coutinho Silva, titular da 23º Distrito Integrado de Polícia em Manaus, a quadrilha aplicou golpes de estelionatos em mais de dez hospitais particulares do Amazonas e dezenas de unidades hospitalares em outros estados brasileiros. O lucro mensal dos golpes praticados em todo país ultrapassa R$ 200 mil.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil de Mato Grosso, as investigações iniciaram há cerca de 2 meses, e apontaram como núcleo operacional da quadrilha, dois detentos que operavam os golpes de dentro da penitenciária da Mata Grande.

Outros 9 integrantes da organização criminosa, pertencem ao núcleo financeiro e ficavam responsáveis por ceder as contas bancárias, utilizadas para o recebimento de valores oriundos dos golpes.

Nessa modalidade de golpe, um desconhecido se identifica pelo telefone como sendo médico ou diretor clínico de hospital. Normalmente não dispõe de conhecimento técnico científico sobre tratamentos médicos e, por isso, menciona exames absurdos e pedem dinheiro para realizar os procedimentos, mesmo as vítimas estando internadas em unidades públicas. Ainda segundo a polícia, o estelionatário trabalha com a fragilidade da família que tem um parente internado e que para não prejudicar a saúde do paciente acaba caindo no golpe.

A polícia oriente para desconfiar de qualquer pedido de dinheiro pelo telefone proveniente de hospitais. Em caso de telefonema o indicado é retornar imediatamente a ligação para o hospital pelo número do telefone oficial, nunca ao número fornecido na ligação, e não depositar nenhuma quantia em contas de desconhecidos.

A operação conta com apoio Diretoria de Inteligência da  Polícia Civil do Mato Grosso, Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) e Delegacia Regional, ambas de Rondonópolis, Gerência de Operações Especiais (Goe), e setor de Inteligência do Sistema Penitenciário, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Para ação foram empregados mais de 50 policiais e agentes penitenciários.

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