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Polícia faz operação contra acusados de fraudar CNHs no Estado

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A Polícia Civil deflagrou, esta manhã, a operação “Fraus” para cumprimento de 19 mandados de prisão temporária e 116 conduções coercitiva contra pessoas envolvidas em fraudes na emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nos estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Outros 48 mandados de busca e apreensão também são cumpridos.

A base da operação é a cidade de Barra do Garças (região Leste), onde investigações conduzidas pela Polícia Civil descobriram esquema na compra e venda de carteiras de motoristas emitidas sem a realização de provas teórica e prática de direção, ou, simplesmente pela aprovação certa de candidatos quando se submetiam aos exames e ainda terceiros se passavam por candidatos para realização de provas. Os candidatos pagavam valores variados entre R$ 600 até R$ 5 mil para obter o documento. A informação é da assessoria.

As investigações iniciaram em setembro de 2010 com denúncia encaminhada pelo Ministério Público de Barra de Garças, que informava que a uma autoescola do município estava oferecendo facilidades para retirar e revalidar a CNH.

O delegado que preside as investigações, Joaquim Leitão Junior, informou que os alvos da operação são donos/responsáveis por Centros de Formação de Condutores de Barra do Garças, instrutores, e fiscais examinadores do Departamento de Trânsito (Detran) e Ciretrans dos municípios. “Acreditamos que exista ramificação desse esquema em outras localidades no Estado de Mato Grosso e Goiás. Por isso, outros mandados de prisões e inclusões de alvos serão realizados no decorrer das investigações, com intuito de reprimir essa prática perniciosa de venda ilegal de habilitação que persiste na lida criminosa”.

A operação abrange 39 cidades com a possibilidade de aumentar o número nos Estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. São oito cidades de Mato Grosso, um município de Tocantins e 30 do Estado de Goiás. Os presos vão responder por crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, alteração indevida de sistema de dados e falsidade ideológica.

Participam da operação 115 policiais civis de Barra do Garças (70 investigadores, 30 escrivães e mais de 15 delegados), com auxílio da Diretoria de Inteligência, das Delegacias da Polícia Civil de Cáceres, Rondonópolis, Várzea Grande, Cuiabá, Tangará da Serra e das Polícias Civis dos Estados de Goiás e Tocantins.

Na operação foram empregadas 25 viaturas policiais e um ônibus para conduzir os presos até a Delegacia de Barra do Garças.

A operação conta com o auxílio do delegado Regional de Barra do Garças, Adilson Gonçalves Macedo e o delegado Willyney Santana Borges.

O nome da operação (Fraus) vem do latim e significa “uma mentira contada com boa intenção”. Na mitologia romana “Fraus” representava um deus personificado num teatro. O nome foi escolhido pela procura dos suspeitos em dar aparência lícita ao esquema criminosos de venda de habilitação com várias facetas e engenhosidades na sua consecução de resultado.

 

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