A Polícia Civil desvendou o assassinato do empresário José Carlos Guimarães, 67, morto com três tiros na noite do dia 29 de janeiro, em Várzea Grande. O crime foi “encomendado” pelo filho do dele que pagaria ao agenciador 20 cabeças de gado pela morte do pai, o equivalente a R$ 10 mil. O filho da vítima Carlos Renato Gonçalves Guimarães, o “Tato” está com a prisão temporária decretada, bem como o agenciador dos pistoleiros Welison Rodrigues Feitosa, 27, o “Tampa”, preso na tarde de quinta-feira (7), no município de São José do Rio Claro (315 quilômetros de Cuiabá). Ele é dono de uma mercearia na cidade. Além dos dois está preso Celso Ferreira, o Celsinho e a polícia procura outros dois homens, um deles identificado como Marquinhos. Ao todo cinco pessoas estariam envolvidas no planejamento e execução de José Carlos, um dos maiores empresários da indústria de calcário em Mato Grosso.
Ele foi atingido por três tiros no peito quando deixava o escritório do advogado, no bairro Jardim Imperador. O neto de apenas oito anos presenciou o atentado.
Segundo declarações de Welison, dadas à TV Rio Claro, afiliada da Rede Record, após a prisão a morte do empresário vinha sendo planejada pelo filho há mais de um mês. Welison e o filho do empresário eram “sócios” nos negócios ilícitos e ambos vinham vendendo gado e madeira da fazenda de José Carlos, sem que ele soubesse. Tanto que o empresário iria fazer uma vistoria na fazenda no dia 1º de fevereiro. Foi executado dois dias antes.
Segundo informações da polícia de São José. Carlos Renato não era bem visto na cidade, por envolvimento com drogas e pelas festas que promovia. Ele tinha uma vida de “rei” e logo após o sepultamento do pai apareceu na cidade com uma caminhonete nova. Welison afirmou que ele acompanhou a ação dos pistoleiros e do “auxiliar de pistolagem”, dando apoio na fuga. Outra pessoa em uma moto também teria participado do crime, dando apoio logístico. Após a execução, ele e mais dois deles dormiram em um hotel.
O delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comandou as investigações e ontem passou o dia todo tomando depoimentos dos envolvidos, que não haviam sido concluídos até o encerramento da edição. A vítima era empresário do ramo de calcário.