O investigador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Wilson Cândido, ressaltou que três dos quatro homicídios registrados nos últimos dias no município já estão com os autores identificados. As conclusões destes inquéritos devem ocorrer nos próximos dias.
Sobre o homicídio no bairro Camping Clube, no último domingo, o policial civil informou que a vítima estava utilizando nome falso. O nome registrado no boletim de ocorrência era Diego Marques. No entanto, o investigador disse que a vítima se chamava Adriano Marques. “A família confirmou que o nome dele era Adriano. Diego era um apelido que ele utilizava desde a infância. Não souberam dizer porque usava este nome. No Camping ele era conhecido como Diego e não Adriano”.
Cândido confirmou que o acusado de praticar o homicídio se apresentou com dois advogados, ontem, prestou depoimento e foi liberado para responder em liberdade. Segundo o investigador, o suspeito alegou que agiu em legítima defesa, entregou a arma utilizada no crime e afirmou que a mesma pertenceria à vítima.
Em seu depoimento, o acusado alegou que estava em um bar e alguns adolescentes soltando bombinhas. Ele teria se irritado com isso e chamou a atenção destes menores, porém, não sabe se este fato tem ligação com o crime. O suspeito decidiu sair do estabelecimento e ir para sua casa, que fica aos fundos da borracharia.
Ao chegar lá, encontrou a vítima armada. Ele aproveitou do fato de Adriano estar em possível estado de embriaguez e houve lutar corporal. Ele conseguiu tomar a arma e atirou contra a vítima. Em seguida, pegou sua esposa e fugiu do local temendo represálias. Um dia depois, parte da empresa do suspeito foi destruída por um incêndio supostamente criminoso. O acusado também alegou que vem recebendo ameaças após o crime. A versão contada por ele ainda é investigada.
Em relação ao homicídio de Sebastiana Aparecida da Silva Flach, 40 anos, na Comunidade Monalisa, também no último domingo, Wilson Cândido confirmou que o marido foi preso pelo crime por policiais militares. A principal hipótese é a de que o crime foi cometido por ciúmes. O marido teria desferido golpes de facão na mulher.
O investigador confirmou que José Aparecido Farias, 56 anos, morreu de forma violenta. No entanto, ainda não está confirmado se o homicídio foi intencional ou não. Ele foi encontrado morto no interior de uma residência, localizada no bairro Santa Rita, na última sexta-feira.
De acordo com o policial, apura a hipótese do filho ter matado o pai. A polícia apurou que ambos já vinham se desentendendo há algum tempo, principalmente quando ingeriam bebidas alcoólicas. No dia do crime, a mulher da vítima presenciou mais uma discussão entre pai e filho e resolveu dormir na casa de um familiar. Quando retornou, no outro dia, encontrou o marido morto.
Cândido informou que a vítima apresentava um ferimento que provavelmente causou a morte – coisa que somente a perícia irá comprovar. O investigador aponta que pode ter ocorrido uma luta corporal entre ambos e o filho ter empurrado o pai, que bateu a cabeça em algum lugar por exemplo. Esta é uma hipótese formulada pelo investigador após um familiar dizer que o suspeito teria dito que empurrou o pai. A polícia aguarda o laudo para saber se esta informação procede ou não.
O investigador afirmou que o único caso que ainda está sem autoria definida é o assassinato de Edimar Aparecido Ferreira dos Santos de 29 anos. O crime ocorreu na rua Netuno, no bairro Sebastião de Matos, no último domingo à noite. Neste caso, um adolescente de 16 anos foi baleado e, segundo o policial, ainda está internado.