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Polícia destrói no Nortão balsas que faziam extração ilegal de minério e apreende armas

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Só Notícias (foto: assessoria)

A Polícia Civil divulgou, hoje, o balanço da Operação Pison, feita semana passada, para combater a exploração irregular de ouro e a degradação ambiental. Três balsas (com maquinários de extração) que estavam rio Batistão em área de preservação permanente, foram destruídas e houve embargo de propriedades que estavam atuando na área de preservação permanente do bioma amazônico, em Nova Guarita ( 200 km de Sinop).

Policiais e fiscais ambientais constataram que as balsas causaram degradação da fauna e a flora e, consequentemente, poluição ambiental com o depósito de produtos químicos no rio.

A Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) também apreendeu armas de fogo e munições, substâncias análogas a mercúrio que eram jogadas no rio, cuias para limpeza de ouro, quatro balanças de precisão, embalagens com descrições que remetem ao comércio ilegal e clandestino de ouro, motosserra e redes utilizadas para pesca predatória.

A delegada Liliane Murata ressalta que o trabalho de inteligência foi estrategicamente planejado, em virtude do grau de dificuldade da operação. “Foi colocado em prática com muito profissionalismo pela base operacional que executou o planejamento de forma fiel, trazendo excelentes resultados para a sociedade e para o bioma. O trabalho integrado é a chave para combater o crime”, apontou, através da assessoria.

Ações de inteligência reunidas pela Dema em parceria com a Delegacia de Guarantã do Norte e a Diretoria de Inteligência durante 90 dias de investigações apontaram que na região de Nova Guarita estariam ocorrendo delitos ambientais e foi constatado que pessoas estariam praticando crimes em área terrestre e fluvial, utilizando as balsas atracadas ao longo do córrego Batistão para a extração ilegal de minérios

As balsas atuam revirando o leito do rio, danificam barrancos e reviram o cascalho puxado do fundo do córrego com mangueiras e bombas de sucção para a superfície. O material carreado era depositado nas margens do Batistão, acarretando danos ambientais como degradação do solo e da cobertura vegetal, assoreamento da margem do córrego, contaminação da água pelos produtos químicos jogados no córrego, desvio do leito do rio, além do desmatamento ilegal.

A delegada Liliane Murata acrescenta que, “apesar de ser considerada sinônimo de desenvolvimento socioeconômico e ser essencial à sociedade, considerando que os minérios encontram-se em praticamente todos os bens de consumo, a atividade mineradora apresenta alto potencial de impactos ambientais. Como é o caso da poluição dos recursos hídricos e do solo, além da perda de biodiversidade tanto em relação à fauna quanto à flora”.

A operação foi feita por 35 agentes –  policiais civis, militares, rodoviários federais, agentes da Sema e perito oficial, que empregaram 12 horas em atividades na terra e água com uso de 12 viaturas e três embarcações. Pison é uma palavra de origem hebraica que significa “mais espalhado”.

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