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Polícia conclui investigação sobre execução de comerciante em MT indicia acusados por homicídio triplamente qualificado

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP) concluiu o inquérito que apurou o assassinato do comerciante Josionaldo Ferreira de Araújo, de 46 anos, e indiciou os autores por homicídio triplamente qualificado. Josionaldo foi morto no dia 19 de dezembro, dentro de um centro de comércio popular, no bairro Dom Aquino, na Capital, após ser abordado por uma dupla criminosa, na frente de uma das lojas que ele tinha no local.

Na fuga, um dos autores do homicídio, um jovem de 24 anos, acabou entrando em confronto com policiais militares e foi a óbito nas imediações do centro comercial. O outro criminoso, de 22 anos, foi preso em flagrante, e teve prisão convertida em preventiva. Com a morte de um dos autores do homicídio é extinta a punibilidade contra ele.

A investigação da DHPP, baseada em análise de imagens do circuito de segurança, depoimentos e outros materiais probatórios, apurou que a dupla armada chegou ao centro comercial com a clara intenção de executar a vítima. Um dos suspeitos disse, em depoimento ao delegado Marcel Gomes de Oliveira, que foi com seu ‘amigo’ ao local apenas para cobrar uma dívida e não sabia que seu parceiro na empreitada criminosa mataria o comerciante.

“A análise das imagens do circuito interno de segurança do shopping não deixa dúvidas. Não havia nenhum acerto a ser realizado ou negociação, o que havia de fato, eram indivíduos previamente ajustados em busca de executar a vítima, motivo pelo qual o indiciado retira a atenção da vítima para que seu comparsa faça tranquilamente os disparos, sem qualquer chance de defesa para Josionaldo. As afirmações de que estaria armado no local, para sua defesa, não condiz com o que foi apurado, uma vez que o indiciado é faccionado, de alta periculosidade e estava na companhia de outro faccionado do estado da Bahia”, relatou o delegado responsável pelas investigações.

O delegado Marcel Oliveira pontua que a motivação para o crime será alvo de outras diligências para esclarecimento. O inquérito foi remetido ontem ao Poder Judiciário.

A DHPP apurou, por meio de imagens coletadas e relatórios investigativos, que a dupla chegou ao centro de comércio popular e claramente demonstrava não saber quem era a vítima.

Análise das imagens mostra que os indiciados estavam a todo momento teclando com uma terceira pessoa, em busca de informações sobre a vítima. Em determinado momento, o suspeito se aproxima do parceiro e aponta para a vítima, gesticula e sinaliza ao comparsa quem era o alvo. Em questão de segundos, a dupla coloca o plano de execução em prática. Josionaldo é abordado pelos criminosos, que começam a dialogar entre si, para dissimular, como se fossem clientes do shopping, sendo atendidos pela vítima, comerciante bastante querido no local.

Os dois então se colocam de forma que a vítima fica entre eles e então um dos suspeitos chama o comerciante e quando a vítima se vira, o outro criminoso saca a arma e faz o primeiro disparo contra a cabeça da vítima, que imediatamente cai. Em seguida, ele efetua mais de cinco disparos contra Josionaldo, demonstrando um crime de execução.

Logo após o assassinato, a dupla fugiu do local e na área externa do centro comercial entrou em confronto com policiais militares. Um dos suspeitos foi a óbito nas proximidades do ginásio Dom Aquino. Com ele foi apreendida uma pistola .380 e 23 munições do mesmo calibre.

O outro indiciado, foi preso em flagrante e com ele apreendido um revólver de calibre 38, com seis munições intactas. Durante os trabalhos periciais de local de crime, foram encontrados próximo ao corpo da vítima estojos e projéteis de pistola calibre 380, o mesmo calibre apreendido em poder da pessoa que aparece nas imagens desferindo os disparos a queima roupa contra a vítima.

O inquérito foi concluído com o indiciamento por homicídio triplamente qualificado – paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe; emprego de meio que possa resultar perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O local escolhido para a execução do crime havia aglomeração de público, em corredores apertados, com passagem de diversos clientes em horário de pico, o que pôs em risco a vida de quem circulava pelo shopping.

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