A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa prendeu quatro suspeitos do assassinato do comerciante Geraldo Jamil Siman Moreira, 51 anos, que levou três tiros, no dia 18 de janeiro, em frente de sua casa, no bairro Cidade Verde, em Cuiabá, A Polícia Civil informa que a esposa dele, Danielle Reis de Souza Siman, 36 anos, foi presa hoje e “é apontada como uma das mandantes do homicídio junto com o amante, Gabriel Brito Gabiato Pires, de 18 anos, que teria contratado duas pessoas para execução do crime”. Um também foi preso. A justiça ordenou as prisões, inicialmente por 30 dias. Mais duas pessoas são ainda procuradas.
Um dos presos pilotou a motocicleta que conduziu o executor dos disparos, que está foragido. Ambos ficaram dois dias vigiando a rotina do comerciante, até que conseguiram executar o assassinato, encomendado pelo valor de R$ 15 mil, pago em parcelas.
As investigações comandadas pela delegada Eliane de Moraes apontam que o piloto e o executor ficaram dois dias de tocaia em uma casa abandonada, ao lado da residência de Geraldo. No dia 17 de janeiro, a vítima, que tinha o costume de sair bem cedo de casa, se atrasou e o plano foi adiado. No outro dia, às 5 horas da manhã, foi executado.
Inicialmente, investigadores analisaram as imagens de câmaras de segurança, que mostraram a motocicleta e pela placa os policiais chegaram até uma pessoa que informou aos policiais que havia vendido a motocicleta para um dos assassinos, que foi preso no dia 7 deste mês e revelou à delegada que tinha sido contratado pelo filho de um empresário e que teve a prisão cumprida no último dia 14.
“A investigação descobriu uma trama sórdida alimentada por Danielle, a esposa da vítima, que mantinha há quase dois anos relacionamento extraconjugal com Gabriel Gabiato Pires. Ela dizia a ele que sofria constantemente agressões físicas do marido e que um de seus dois filhos era fruto de estupro praticado pelo esposo, e o segundo engravidou em momento que ele (marido) tinha se aproveitado do seu estado de embriagues. Ela também falava ao amante que não mantinha relações sexuais com o marido”, informa a assessoria da polícia. “Ela se passava de sofrida para Gabriel, alimentando raiva da vítima. Em nenhum momento ela (Danielle) tirou a ideia da cabeça dele”, disse a delegada Eliane de Moraes.
Danielle será interrogada hoje mas que as investigações são contundente sobre sua influência para o cometimento do crime. Conforme a delegada, provas materiais depõem também contra a acusada.