A Polícia Judiciária Civil formalizou 232 flagrantes nos cinco dias do carnaval, seis a mais, comparado com o mesmo período do ano de 2009. Do total, 164 foram no interior do Estado e 68 na Região Metropolitana. Também foram confeccionados 339 termos circunstanciados de ocorrências (TCO) – 284 no interior e 55 na Capital e Baixada Cuiabana. Nos procedimentos, 292 pessoas – 207 interior e 85 Metropolitana – conduzidas às Delegacias foram autuadas pela prática de condutas delituosas.
As estatísticas dos principais crimes cometidos no período de carnaval apontam redução em alguns delitos na Baixada Cuiabana, em relação aos anos anteriores. Em 2010, houve uma redução de 51% nos crimes de roubos, de 81 em 2009 para 39 este ano e queda 10% nas ocorrências de lesões corporais, de 22 para 12. Os crimes de homicídio tiveram acréscimo de uma morte. No ano de 2009, foram cinco homicídios e neste carnaval ocorreram 6. Uma tentativa de homicídio foi registrada e nem uma no ano de 2009. Porém, estes crimes não tiveram relação com o carnaval e não ocorreram em locais de aglomerações de pessoas.
Embora tenha havido redução nos roubos houve crescimento de 7,21% nos crimes de furto, com 104 registros neste carnaval contra 97 no ano de 2009. Comparados com os carnavais dos anos de 2007 e 2008, a redução nos crimes de furtos (158 em 2007 e 121 em 2008), roubos (92 e 80) e lesão corporal (32 e 30), refletem na eficácia do policiamento preventivo e repressivo da Segurança Pública.
Para a diretora metropolitana da Polícia Judiciária Civil, Vera Rotilde, os dados demonstram efetividade no policiamento. Conforme a diretora, as estatísticas do carnaval vêm caindo ano a ano devido ao maior policiamento nas ruas, nos locais com concentração de público, campanhas de conscientização, principalmente na questão do trânsito. "O policiamento ostensivo não consegue controlar os homicídios, mas surtem efeito nos roubos", enfatiza.
Na Região Metropolitana, as Delegacias realizaram 10 flagrantes de tráfico de drogas, dois de homicídios, 7 de roubos, 11 de furtos, 5 de porte/posse ilegal de arma de fogo e 8 de violência domésticas, além do registro de 421 boletins de ocorrências pela Polícia Civil, sendo 12 de lesão corporal e 3 de homicídio, ambas no trânsito. Seis homicídios, três em Cuiabá e três em Várzea Grande foram registrados pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). Nas ocorrências de roubos e furtos de veículos, a Polícia Civil registrou 18 roubos/furtos de veículos e 4 recuperados, até o dia 16 de fevereiro. Cerca de 500 pessoas foram ouvidas nas delegacias.
No interior do Estado, a Regional de Rondonópolis lavrou 37 flagrantes e Sinop 39. Nas 12 regionais foram apreendidas 27 armas de fogos. O diretor de interior, Jales Batista da Silva, disse que as ações de polícia foram eficazes e por esta razão os números foram satisfatórios. "Atribuo não só ao trabalho das polícias, mas principalmente as atitudes tomadas pelos foliões", frisa.
Entre os dias 13 a 16 de fevereiro, 1722 policiais civis – entre delegados, investigadores e escrivães, intensificaram o trabalho integrado com a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. As equipes de policiamento repressivo especializado – Grupo de Operações Especiais (GOE), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Delegacia Especializada e Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA) e Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) – mantiveram todo efetivo em funcionamento.
Além das 447 viaturas da PJC, duas Delegacias Móveis deram auxílio à população em Santo Antônio de Leverger e Chapada dos Guimarães garantindo facilidade e agilidade no registro de ocorrências. "Percebemos que está havendo uma maior conscientização das pessoas. A diversão está mais sadia, com menos brigas e responsabilidade. Isso reflete no trabalho policial", analisa o diretor geral da PJC, José Lindomar Costa.