Felipe Curi, chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, confirmou, há pouco, em coletiva de imprensa que foram identificados 99 criminosos mortos na megaoperação denominada ‘contenção’ realizada na última terça-feira (28) no complexo do Alemão e da Penha. Conforme o delegado, 39 são de outros Estados e um deles identificado pelas iniciais R.M.S, é natural de Cuiabá e tem 31 anos.
Segundo Curi, 78 mortos na operação tinham um histórico criminal “relevante”. Outros 42 tinham mandados de prisão em aberto.
As informações preliminares da polícia carioca apontam que os complexos do Alemão e da Penha funcionavam como centros de comando, tomada de decisão e treinamento tático do grupo criminoso. “As evidências indicam que integrantes recebiam instruções em armamento, tiro, uso de explosivos e táticas de combate nessas localidades”, apontou.
“Os complexos do Alemão e da Penha se tornaram centros de distribuição para várias comunidades. Chegam em torno de 10 toneladas de drogas por mês para esses outros complexos de favelas. São negociados ainda de 50 a 70 fuzis por mês, que também são distribuídos para essas outras comunidades”, disse Felipe Curi.
“É preciso uma mobilização nacional no combate a essa organização que não é mais uma organização criminosa, é uma organização terrorista com práticas terroristas e táticas de guerrilha que dão ordens para a execução de desafetos e agentes públicos, que oprimem o morador da comunidade”, acrescentou.
A Polícia Civil informou também que está finalizando um documento de inteligência com centenas de páginas, que reúne a qualificação dos criminosos mortos e uma análise detalhada sobre o papel estratégico dos complexos da Penha e do Alemão dentro da estrutura da organização criminosa.
Durante a operação, 121 foram mortos (incluindo quatro policiais), 113 presos e 118 armas foram apreendidas.
Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.


