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Polícia apreende 100 toras de madeiras e prende dois no Médio Norte

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A Polícia Civil apreendeu, ontem, mais de 100 toras e prendeu duas pessoas em flagrante por extração ilegal de madeira. O material e os acusados foram encontrados em uma fazenda, na zona rural de Tabaporã (região Médio Norte). Em posse dos presos, 51 e 36 anos, também foi apreendido uma carreta Scania, uma pá carregadeira, um trator CBT-8060, duas motosserras e uma guia florestal, aparentemente falsificada, uma vez que o local não dispõe de projeto de manejo. O proprietário da área, 43 anos, foi indiciado por crime ambiental e falsidade ideológica.

O flagrante ocorreu durante averiguação de uma denúncia na fazenda, que segundo a informação recebida pela polícia, o proprietário teria instalado uma porteira e a mantinha fechada com cadeado bloqueando a passagem da estrada Cruzeiro do Sul, localizada no interior da fazenda. O denunciante argumentou que a barreira impedia o tráfego pela estrada, que também dá acesso a outras terras, inclusive as suas.

Enquanto o delegado Claudemir Ribeiro de Souza conversava com o fazendeiro, para desobstruir a estrada, a equipe que o acompanhava constatou a prática de crime ambiental. Os policiais encontraram, a 500 metros da sede, uma serraria aparentemente desativada com mais de cem toras de madeira estocadas e os acusados realizando o manejo irregular.

Após a retirada da porteira, o dono apresentou uma Guia Florestal aparentemente falsa. "A propriedade não possui um projeto de manejo, o que evidenciou a falsidade do documento apresentado, motivando a investigação do fazendeiro por falsidade ideológica”, explicou Claudemir.

Os dois funcionários foram detidos em flagrante e conduzidos à delegacia na companhia do patrão, que conforme os funcionários, era o mandante do crime. Segundo o delegado, os homens desempenhavam a função de operador da pá carregadeira e motorista do caminhão que realizava o transporte da madeira até a serraria pertencente ao fazendeiro, em Sinop.

Os presos foram liberados após o recolhimento de fiança equivalente a cinco salários mínimos, somando o valor de R$ 3,6 mil para cada um. “Ao término do trabalho investigativo, uma cópia do procedimento será encaminhada para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), a fim de serem tomadas as medidas administrativas que o caso requer”, finalizou o delegado Claudemir.

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