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PM’s são condenados a 14 anos de prisão por assassinato em Mato Grosso

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Os tenentes-coronéis Mozaniel Fernandes de Carvalho e Sebastião Rodrigues Filho foram condenados a 14 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato do subtenente reformado do Exército, Alfredo Arlindo Dezorzi, ocorrido em 2000. A sentença foi lida na noite de ontem pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, após cerca de 27 horas de julgamento, que teve início dia 22, às 8h. Eles sentaram-se pela segunda vez no banco dos réus e têm o direito de recorrer em liberdade.

Muito emocionada, a filha do aposentado, Marta Dezorzi, afirmou que finalmente a justiça foi feita. Ela destacou que se sente aliviada com a sentença. “Finalmente a verdade prevaleceu. A partir de agora (resultado da sentença) me sinto em paz”.

O advogado de defesa de Carvalho, Waldir Caldas, adiantou que vai recorrer da decisão. A quantidade de votos a favor da condenação não foi divulgada devido a reforma no judiciário.

O primeiro julgamento dos militares ocorreu em 2005, quando foram absolvidos da acusação. Porém, o Ministério Público Estadual (MPE) entendeu que as provas eram inquestionáveis e recorreu da decisão. A defesa dos militares chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o recurso foi negado e foi determinada a realização de nova audiência.

O novo julgamento foi marcado pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira em outubro de 2007, mas no mês seguinte foi retirado da pauta porque ela acatou um pedido da defesa dos tenentes-coronéis, para que uma nova perícia de balística fosse realizada pelo Instituto de Criminalística de Mato Grosso.

Crime – O subtenente Dezorzi foi assassinado dentro de casa durante uma ação da polícia. Rodrigues Filho e Carvalho, que chefiaram a operação para prender o aposentado, eram comandantes dos 1º e 3º Batalhões da Polícia Militar, respectivamente. Após ter a residência furtada diversas vezes, o aposentado se armou e saiu pelas ruas do bairro Santa Rosa 2, onde morava. Uma vizinha teria chamado a polícia sob alegação que Dezorzi estaria provocando medo nos moradores.

O aposentado atirou contra o soldado Genésio Gomes de Lima, que foi ferido de raspão no olho. Os PMs, que estavam no local, pediram reforços e pelo menos 30 policiais, mais de 10 viaturas e o helicóptero da PM foram usados na operação. Mesmo tendo se rendido, o subtenente foi morto com 5 tiros de pistola ponto 40 dentro da casa dele.

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