Deve ser deferido hoje, pelo juizado criminal de Juara, o pedido de prisão preventiva de 3 policiais militares acusados de pertencer a um grupo de extermínio. A delegada regional de Sinop, Fátima Moggi, confirmou que são apontados envolvimentos dos PMs, que já trabalham há um bom tempo na região.
Os acusados deverão depor hoje. O delegado de Juara, Joáz Gonçalves, pediu ainda o afastamento dos policiais. Eles são acusados de envolvimento no assassinato do ex-presidiário Ricardo Campos, que foi encontrado sábado (29) por pescadores no rio Arinos, decapitado e com órgãos genitais arrancados.
O corpo, sem cabeça, só foi identificado através de uma tatuagem. A polícia descobriu que Ricardo estava sendo ameaçado por policiais e já tinha registrado um Boletim de Ocorrência e avisado a família sobre a intimidação. Também foram constatadas ligações telefônicas entre os policiais e a vítima.
Este não foi o primeiro corpo encontrado decapitado em Juara. O primeiro, ainda não identificado, foi localizado no dia 22 de agosto. Pela semelhança entre os dois casos (ambos foram decapitados e tiveram os órgãos genitais decepados), a polícia acredita que os dois foram mortos pelo mesmo grupo.
Os militares ainda podem estar envolvidos em mais dois assassinatos ocorridos em agosto. Nestes, as vítimas não chegaram a ser mutiladas, mas estavam amarrados e com cordas no pescoço.