O Comando da Polícia Militar suspendeu o curso de capacitação de policiais para a Força Tática de Várzea Grande. A decisão foi tomada após a denúncia, feita pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT), que os instrutores cometiam abusos contra os candidatos.
Em nota oficial, a PM afirma que as aulas ficam suspensas até que sejam coletadas informações preliminares para apurar os procedimentos aplicados. A Comissão de Direitos Humanos da instituição alega que os candidatos passam por exercícios exaustivos e ainda são alvo de violência física e moral, inclusive com uso de armas não letais.
Conforme Só Notícias já informou, A presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB/MT, Betsey Polistchuk de Miranda, encaminhou à denúncia ao comandante geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino de Farias, após ser procurada por pais que estavam com medo de denunciar, mas acreditavam que seria necessária uma medida urgente, por isso, a procuraram.
De acordo com familiares, os soldados eram obrigados a mastigarem um pedaço de carne e a passarem para os alunos subsequentes, sendo que o último da fila deve ingerir o alimento. E também eram colocados em um quarto e submetidos aos efeitos de gases lacrimogênios e de pimenta, sem contar os exercícios que praticam até a exaustão, os quais começam de manhã, mas não têm hora para terminar, e as constantes humilhações por meio de agressões verbais de toda natureza.