A Toyota Hilux prata foi localizada, esta manhã, em uma funilaria do município (445 quilômetros de Sinop). A caminhonete, placas de Cuiabá, tem registro de roubo e estava com placas de uma outra Hilux. A mesma era utilizada por indígenas da etnia Enawene Nawe.
Nenhum indígena foi encontrado no local e não houve prisões, segundo informações do JNMT. O veículo foi apreendido e encaminhado ao pátio da delegacia da Polícia Civil de Juína, que passa a investigar como a caminhonete foi parar com os índios.
Conforme Só Notícias já informou, esta etnia é a mesma que está envolvida no duplo assassinato de Genizes Moreira dos Santos, 24 anos, e Marciano Cardoso Mendes, 25 anos, que foram sepultados no último domingo. Os dois homens foram encontrados mortos, no último sábado, em uma aldeia da tribo indígena Enawenê Nawê, localizada a cerca de 150 quilômetros do centro de Juína (445 quilômetros de Sinop). Para a retirada dos corpos foi necessária uma força-tarefa com mais de 40 policiais federais, civis, militares e da Força Nacional.
A principal suspeita, até o momento, segundo uma fonte policial, é que os homens tenham sido assassinados pelos indígenas. Até o momento, no entanto, ninguém foi preso.
O delegado da Polícia Federal, Hércules Ferreira Sodré, encaminhará, hoje, à justiça federal pedido de prisão preventiva de três índios da etnia por envolvimento nos crimes. Sodré acredita que há elementos suficientes para sustentar a decretação da prisão dos envolvidos no duplo homicídio. Depoimentos colhidos de índios e de um funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai) apontam para a autoria do crime. O inquérito segue em segredo de justiça.