“Que recepção”. Foi a primeira reação do ex-soldado da Polícia Militar Célio Alves da Silva ao ver o promotor de Justiça Célio Wilson por volta das 6h40 de hoje, momento da recaptura do fugitivo. Um informante da Polícia deu a dica sobre o momento exato em que Alves atravessaria da Bolívia para Mato Grosso na manhã deste sábado e ficaria numa região de fazendas e matas na localidade conhecida como “Avião Caído”, a cerca de 16 Km da cidade de Cáceres (Oeste, a 220 km de Cuiabá).
Alves que estava armado com uma escopeta calibre 12 e tinha proteção de traficantes da fronteira nas regiões brasileira e boliviana e levou um tiro a altura do quadril, será transferido ainda na tarde de hoje do Hospital Regional de Cáceres (Oeste, a 220 de Cuiabá) para o Hospital Júlio Müller, na Capital, onde ficará sob forte escolta policial, até ser transferido para a Penitenciária de Pascoal Ramos.
Mas o Ministério Público avalia a possibilidade de recambiar Celio para um presídio em outro Estado, por questões de segurança. Ele havia fugido, há alguns anos, do Carumbé em Cuiabá.
Destacando a atuação decisiva dos policiais do Grupo Especial de Operações de Fronteira (Gefron) e de um informante, o promotor Célio Wilson do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), também deu ênfase as atuações dos promotores Mauro Zaque e Joelson Maciel, além do tenente-coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante do Gefron.
Conta o promotor Célio Wilson que a operação foi montada na cidade de Cáceres desde a manhã da última quinta-feira (5). Lá todos ficaram aguardando um recado. Era o aviso que um informante daria sobre a passagem de Alves da Bolívia para o Brasil.