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PF pega 10 da quadrilha de tráfico, caca-níqueis e carrões

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Mais que a prisão de figurões da sociedade que desfilavam com seus veículos possantes, alvo da idolatria dos apaixonados pelas máquinas perfeitas, um império pode ter ruído nesta terça-feira com a Operação Maranello, deflagrada em conjunto pel as policiais Civil e Federal, destinada a combater o tráfico de internacional de drogas. A quadrilha dos “carrões” de fazer inveja contabiliza grandes negócios,  além dos entorpecentes. Alexandre Zangarini, um dos presos na operação, apontada como um dos principais da organização, era dono de uma emissora de televisão em solo boliviano e ainda atuava na exploração dos caças-níqueis. Em Mato Grosso, fundou uma base de operações do narcotráfico.

O empresário é acusado de usar empresas para disfarçar e tornar legal o dinheiro que lucrava traficando entorpecentes. Segundo fontes da Polícia Federal, o principal negócio para lavar o dinheiro do tráfico era investido nos carros. Ferraris, BMWs, Lamboghinis, Corvette C06, Porshe Boxter integram a “coleção” que o empresário procurava negociar. Era dele a garagem de automóveis ostentativa na Avenida Isaac Póvoas, que, de um dia para outro, desapareceu do mercado, mas que continuou atuando de outras formas.

No histórico de Zangarini consta ainda ter sido ele testemunha num caso rumoroso em Cuiabá. Ele foi arrolado pela defesa de Marlon Marcos Baffa Pereira, acusado de envolvimento com o esquema das máquinas caça-níqueis. Na época, Zangarini revelou que conhecia Rivelino Brunini e Fauze Rachid Jaudy, desde a infância. Também conhecia o sargento José Jesus de Freitas e o uruguaio Julio Bachs Mayada, considerado o gerente da exploração de máquinas em Mato Grosso.

“Há possibilidade de que outros empresários estejam envolvidos com o esquema” – informou uma fonte da Polícia, que trabalha nas investigações. De acordo com ela, há escritórios de advocacia envolvido no caso. Por enquanto, a Justiça expediu 22 mandados de prisão, busca e apreensões. Os “carrões” importados estavam entre as buscas. Já foram presas 10 pessoas.

A organização ainda contava com o apoio de policiais. Foram decretadas a prisão de quatro. São eles: Euri Alves da Silva, de Chapada dos Guimarães, Josenil Paula França, Wagner Amorim e Adalto Ramalho. “É possível que haja mais policiais envolvidos. Isso vamos ainda descobrir” – acrescentou a fonte, que revelou ainda outras entranhas da organização. 

A organização criminosa foi descoberta com a apreensão de 383 quilos de cocaína, ocorrido há quatro meses numa fazenda localizada da região de “Mucambo”, município de Barão de Melgaço, a 113 quilômetros ao Sul do Estado, no dia 20 de junho.  A cocaína, com alto grau de pureza, foi localizada a pouco mais de 1 quilômetro da sede da fazenda “Sete Irmãos”, que está arrendada para um empresa agropecuária de Cuiabá. O entorpecente, embalado em 376 tabletes, foi encontrado em 13 sacos plásticos escondidos embaixo de uma lona numa moita na mata fechada.
A Polícia concluiu na época que a droga saiu da Bolívia ou da região de fronteira em um pequeno avião e descarregada na fazenda. A fazenda seria usada como base de apoio na distribuição da droga para outros estados do Brasil, principalmente a Região Sudoeste, por via terrestre. Vários agentes, em colaboração com a Polícia Federal, vinham investigando a quem pertencia a droga. Na ocasião, dois homens foram presos por mandados de prisão temporária. Foram eles que, com benefícios processuais, informaram o local exato onde se encontrava a droga.
A polícia calcula que cerca de R$ 700 mil foram investidos pela quadrilha na compra do entorpecente e em logística de transporte. Pelo grau de  pureza do produto, a droga renderia mais de 1,2 tonelada, após seu refinamento, e R$ 1,5 milhão na comercialização.

(Atualizada às 15:12h)

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