O delegado da Polícia Federal Alex Sandro Biegas, que está presidindo o inquérito para apuar o triplo homicídio de servidores da UFMT, em Rondonópolis, informou que 11 depoimentos já foram colhidos até ontem. A PF apura se os assassinatos ocorreram devido as atividades profissionais desenvolvidas por qualquer um dos três, mas principalmente a pró-reitora que, ao que tudo indica, seria o alvo principal do ataque.
“Em nossas investigações, nós partimos do fato para trás. Ou seja, investigamos o que motivou o cometimento do crime. Porém, se ficar comprovado que o caso tem conexão com o viés funcional, o inquérito prossegue na esfera da Polícia Federal. Caso contrário, a gente relata e repassa para a Policia Judiciária Civil”, explicou, em entrevista ao jornal A Tribuna.
O delegado Biegas, no entanto, informou que a polícia não descarta nenhuma possibilidade, inclusive de crime passional. Mas, em se confirmando uma situação assim (latrocínio ou passional) o caso já não seria atribuição da PF. É investigada também a hipótese de crime de mando que teria origem pelo fato da UFMT ter requerido uma fazenda, comprada com dinheiro do assalto ao Banco Central em Fortaleza (CE), e que foi seqüestrada pelo governo, para ser usada pela universidade.
A pró-reitora do campus local da UFMT, Soraiha Lima, o professor Alessandro Fraga e o prefeito do campus, Luís Mauro, foram assassinados friamente na frente da casa da pró-reitora, no bairro Colina Verde, quando retornavam de uma viagem a Cuiabá.