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PF deflagra 3ª fase de operação contra lavagem de dinheiro em MT

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A Polícia Federal está cumprindo, esta manhã, mais sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra. Os mandados foram expedidos no curso de inquérito judicial instaurado para apurar crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro. Esta é a terceira fase da operação Ararath, que está sob segredo de justiça.

A operação foi deflagrada inicialmente no dia 12 do mês passado em Cuiabá, Várzea Grande e Nova Mutum com cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão. Na oportunidade, os policiais apreenderam R$ 325 mil em dinheiro. O valor foi apreendido em duas residências (na capital). Em um dos locais, os policiais encontraram R$ 50 mil e no outro R$ 275 mil.

A segunda fase foi realizada no dia 25 do mês passado para cumprir outros sete mandados de busca e apreensão. Nesta fase, os policiais federais coletaram objetos e documentos nas residências e gabinetes do juiz federal Julier Sebastião da Silval e do então presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Gian Castrillon, em Cuiabá.

Na oportunidade, o foram apreendidos aproximadamente R$ 230 mil em dinheiro (na residência do ex-presidente do Detran), diversos documentos, comprovantes de depósito, celulares e mídias (CDs, HDs). Em uma das buscas, um investigado foi preso em flagrante por porte ilegal de munição. Ele pagou fiança e foi liberado.

Conforme Só Notícias já informou, a operação tem como objetivo desarticular uma quadrilha especializada neste tipo de crimes. Segundo investigações da PF, nos últimos seis anos, os acusados movimentaram mais de R$ 500 milhões. O grupo investigado usava empresas de factoring como fachada para conceder empréstimos, cobrando juros, para diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado. A base operacional era uma empresa, em Várzea Grande, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012.

O dinheiro era movimentado nas contas das factorings e outras empresas do grupo, entre as quais se encontra uma grande rede de postos de combustíveis da capital. O principal crime consiste no fato de que as empresas de factoring tem natureza estritamente mercantil, com a finalidade principal de assessoria e de compra de títulos de crédito, a fim de fomentar o comércio. Por isso mesmo, não têm autorização do Banco Central para conceder empréstimos, exigir garantias ou exercer quaisquer atividades exclusivas de instituição financeira.

(Atualizada às 9h45) 

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