A Polícia Federal e o Ibama estão cumprindo, desde às 6 horas, 47 mandados de prisão contra empresários, agricultores, madeireiros, índios e servidores públicos acusados de envolvimento com extração ilegal de madeira na região Norte, nos municípios de Sinop, Sorriso, Feliz Natal, Colíder, Vera, Canarana e Cuiabá) além de Londrina (PR) e Cedros (SC). Em Sinop, os federais estão na casa de um ex-chefe do Ibama, no Jardim Primaveras. Ele não estava em casa, mas a polícia entrou e apreendeu um HD (componente de computador que armazena informações), além de documentos.
Dois ex-chefes da unidade do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente em Sinop também estão sendo procurados.
No Jardim Botânico, outra equipe fez busca e apreensão na casa de um madeireiro, que teria empresa em Feliz Natal.
Em Sorriso, já foram presas pelo menos duas pessoas e as equipes continuam procurando outros envolvidos.
Só Notícias apurou que cinco lideranças indígenas, de tribos no Parque do Xingu, tiveram prisões temporárias decretadas pela Justiça Federal.
Os índios são acusados de venderem madeira extraída ilegalmente do parque. Madeireiros e agricultores são apontados pelo Ministério Público de financiar a retirada da madeira, bem como vendê-la. Os servidores do Ibama e Secretaria Estadual de Meio Ambiente estariam esquentando documentos (inclusive planos de manejo) para que a madeira pudesse chegar aos pátios das empresas e serem comercializadas.
A Polícia Federal batizou a operação de “Mapinguari”, denominada pelos povos nativos como uma criatura nativa da Floresta Amzônica, que pode ter até dois metros de altura, mas ainda desconhecida pelos cientistas. Alguns acreditam que seria um tipo de preguiça gigante.
Em 2005, a Polícia Federal desencadeou a Operação Curupira que resultou na prisão, em Sinop, do então superintendente do Ibama Hugo Werle, que foi exonerado, ex-chefes do Ibama Sinop além de madeireiros, despachantes e servidores públicos.
(Atualizada às 08:21hs)
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