A Polícia Federal cumpriu, esta manhã, três mandados de prisão temporária, seis de condução coercitiva e oito mandados de busca e apreensão em Cuiabá em decorrência da operação “Caronte”, juntamente com a Controladoria-Geral da União (CGU). É aguardado para o final desta manhã uma entrevista coletiva com o delegado para explicar os procedimentos e encaminhamentos da operação.
Informação ainda não oficial aponta que um contador, da capital, foi levado até a sede da Superintendência da Polícia Federal. No entanto, não foi divulgado em qual situação ele se encontraria (mandado de prisão ou condução coercitiva – quando a pessoa é levada para prestar esclarecimentos e depois liberada).
De acordo com informações da assessoria da PF, o objetivo é desarticular uma associação criminosa responsável por fraudes a licitações de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Sapezal. O valor total das licitações é de R$ 6,8 milhões sendo que até o presente momento nenhum pagamento foi feito, tendo os órgãos de investigação e controle atuado preventivamente, antes que os recursos públicos fossem mal utilizados ou mesmo desviados.
A investigação teve início em 2015 a partir de nota técnica apresentada pela CGU, que identificou possíveis irregularidades em empresa que figurou como única concorrente em licitações dos referidos municípios.
A empresa estava desativada há mais de dez anos e recentemente passou a participar e vencer licitações utilizando-se para tanto de documentos falsos, que não poderiam ter sido emitidos por uma empresa inativa.