A Polícia Federal cumpre, esta manhã, dez mandados de prisão preventiva, 28 mandados de condução coercitiva, 47 mandados de busca e apreensão, sendo um deles em São José do Xingu, em Mato Grosso. Os demais mandados também são cumpridos em cidades de Goiás, São Paulo, Paraná, Pará, Minas Gerais e Santa Catarina.
A operação, batizada de “Águas Profundas”, tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas, que vinha sendo investigada há dois anos e meio. A quadrilha possui alto grau de profissionalismo em suas atividades, tendo uma estrutura logística com alcance em diversos setores, desde aeroportos, portos, despachantes aduaneiros, casas de câmbio, construtoras, hotel, fazendas e empresas agropecuárias.
Participam da operação 250 policiais federais e 25 servidores da Receita Federal. O grupo criminoso utilizava as mesmas regras usadas em negócios de grandes empresas: sempre coordenada por um líder, o qual coloca em prática os mesmos princípios da economia de mercado, com a utilização de diversos mecanismos contábeis, comerciais e cambiais, sempre visando o maior lucro possível e a redução constante de custos.
Com apoio da Receita Federal, foram feitos levantamentos patrimoniais dos integrantes da quadrilha resultando na identificação e sequestro de 46 imóveis, sendo um hotel, nove fazendas, uma chácara, seis casas, 26 lotes, quatro apartamentos na praia, cinco apartamentos e um box de garagem, avaliados em aproximadamente R$ 100 milhões, e ainda dezenas de veículos e contas bancárias.