A Polícia Federal anunciou, esta tarde, a apreensão de aproximadamente 1 tonelada de agrotóxicos, no balanço final na operação São Lourenço. A ação foi deflagrada, ontem, em Mato Grosso, São Paulo e Mato Grosso do Sul, no combate à falsificação, comercialização e contrabando de agrotóxicos. Dos 21 mandados de prisões temporárias decretados, 16 foram cumpridos. Destes, 11 em Mato Grosso (Rondonópolis, Poxoréu, Primavera do Leste, Jaciara, Campo Verde, Nova Xavantina), cinco de São Paulo (Monte Aprazível, Ituverava, Miguelópolis e Fernandópolis).
A Polícia Federal também divulgou que 12, dos 13 mandados de condução coerciva foram cumpridos, além dos 27 mandados de busca e apreensão efetivados. Pelo menos 11 carros foram retidos, entre eles, uma Ford Courier; pickup GM Silverado; Jeep Cherokee; Citroen C4; Hillux SW; Hillux SRV; Mitsubishi L200; Ford Ecosport; Audi A6; Chevrolet Celta; GM D20 e duas motocicletas Honda CG 125 cilindradas. Uma fazenda em Rondonópolis também foi lacrada.
Conforme Só Notícias já informou, as investigações começaram em 2010, com a instauração de dez inquéritos a partir de flagrantes de contrabando e falsificação de agrotóxicos. No processo investigatório foram desmantelas duas fábricas clandestinas, com a apreensão de mais de sete toneladas de litros de agrotóxicos ilegais (falsificados e contrabandeados) e embalagens, rótulos, além de materiais utilizados na falsificação.
Foram identificados dois grupos diferentes e interdependes de criminosos. Um grupo, responsável por contrabandear do Paraguai, via Mato Grosso do Sul, falsificar e vender agrotóxicos. Outro de fazendeiros consumidores do produto de crime. Os agrotóxicos, que podem chegar a R$ 20 mil o quilo, eram oferecidos a fazendeiros da região de Rondonópolis e interior de Mato Grosso a preços bem abaixo do mercado. Na venda, era oferecida uma amostra de agrotóxico original. Após comprarem o agrotóxico, os fazendeiros recebiam toneladas dos materiais falsificados ou contrabandeados.
O nome São Lourenço faz referência ao principal rio da região de Rondonópolis, a vítima mais imediata da ação criminosa no uso de agrotóxicos.