Uma pesquisa será realizada em Mato Grosso nos próximos meses para buscar informações detalhadas e traçar um mapa sobre a violência e criminalidade no Estado. A ‘Pesquisa de Vitimização” é resultado de um convênio entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e vai apurar informações sobre vítimas de crimes, o perfil dos agressores, as circunstâncias nas quais os crimes ocorreram, as condições de infraestrutura urbana dos locais onde os crimes ocorreram, as experiências das vítimas com o sistema de segurança pública e de atendimento de emergência hospitalar, bem como as medidas tomadas pelas pessoas objetivando a prevenção dos crimes.
A pesquisa será executada pela Fundação Euclides da Cunha do Rio de Janeiro, vencedora do processo licitatório, vinculada ao Núcleo de Pesquisas da Universidade Federal Fluminense. De acordo com a coordenadora do Núcleo, Salete Dadalt, que coordenará a pesquisa em Mato Grosso , pesquisas de vitimização são importantes para pesquisadores e formuladores de políticas públicas, administradores e líderes comunitários, por fornecerem informações acerca da natureza e da extensão dos crimes que afligem a população, das experiências das pessoas com os órgãos de segurança e das medidas que as pessoas tomam para se prevenirem de crimes.
“É possível, por meio desse trabalho, desenvolver políticas públicas específicas para determinados problemas e implantá-las nas localidades que mais necessitam. A nossa instituição tem uma experiência vasta com o tema, já que realizamos uma pesquisa sobre vitimização no Rio de Janeiro. Em Mato Grosso vamos usar como metodologia abordagens qualitativas e quantitativas, que irá cobrir as 12 regiões administrativas do Estado. Vamos pesquisar basicamente três temas que é a violência agrária, a exploração sexual e o contrabando. Vale frisar que a margem de erro da pesquisa é de 5% e o grau de confiabilidade, de 95% “, disse.
Todo o trabalho de campo, análise de dados e finalização da pesquisa, deve durar cinco meses. Na próxima segunda-feira a equipe de pesquisadores já deve ir à campo para começar a coletar dados e realizar as entrevistas. A expectativa é que ate o mês de novembro o trabalho seja concluído.