O secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, negou hoje que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) tenha tomado conta da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia para ampliar o tráfico de drogas, mas não descartou a influência do grupo no Estado. “A forma como foi colocado dá impressão que a fronteira está totalmente tomada e não é assim”, declarou, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto. Para o secretário, as facções criminosas usam traficantes intermediários em Mato Grosso, que geralmente são pessoas que já são da região e têm contato com os fornecedores da Bolívia. “Mas isso não quer dizer que elas tomaram conta. Eles não estão ali. Os intermediários são pessoas da própria região. Só que não dá para dizer também que são células dessas facções, porque não são. Isso não existe. O que existe, são pessoas contratadas por essas facções que se utilizam da estrutura deles para poder levar droga para os grandes centros”, explicou.
Curado voltou a cobrar a inserção de Mato Grosso no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e previu que este ano sejam repassados recursos para fortalecer as ações de combate ao tráfico. Com o incentivo do Pronasci, será construído o presídio de Jovem e Adulto com investimento na ordem de R$ 14,5 milhões, além das bases comunitárias móvel para o Grupo Especial de Fronteira. “Havíamos solicitados duas vieram quatro para fazer o atendimento à população”, declarou.
(Atualizada às 13:40h)