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Pai teria recebido dinheiro para submeter filha de 3 meses em ritual religioso em MT

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A Polícia Civil de Jaciara (região Sul) investiga um suposto ritual religioso, na cidade de São Pedro da Cipa (região Sul), em que um bebê de três meses teve agulhas de metal transpassadas na região da cabeça e tórax. Até o momento, foram presos o pai da criança e a mulher que conduziu o culto. Outras duas pessoas estão com mandado de prisão em aberto e são procuradas por participarem do crime.

A polícia foi acionada pelo Conselho Tutelar, na última segunda-feira à noite, sobre o fato que teria acontecido no domingo. Os conselheiros receberam denúncia da equipe médica do Hospital Municipal de Jaciara, sobre suspeita de maus tratos a uma menina que deu entrada na unidade chorando muito e apresentando hematomas no couro cabeludo.

No relatório médico da paciente constava ainda que a cerca de duas semanas a criança esteve no mesmo hospital apresentando cortes nos pés. Também será investigada uma suspeita de maus tratos contra o irmão de dois anos da menina.

Ontem, a Polícia Civil realizou a prisão do pai, 28 anos, suspeito de aceitar receber o valor de R$ 250 para submeter a filha ao ritual que foi conduzido por uma mulher, 42 anos, e que foi presa na cidade de São Pedro da Cipa.

Segundo o delegado Marcelo Melo de Laet, tanto o pai da criança, quanto a mulher que realizou o ritual, serão responsabilizados por tentativa de homicídio e corrupção de menores, já que a mãe da vítima é uma adolescente.

Hoje, após representação da autoridade policial, o Judiciário expediu mandado de prisão temporária de 30 dias, prazo para concluir as investigações, em desfavor de Iraci e Welinton (que já estavam detidos na Delegacia de Jaciara) e ainda outros dois suspeitos.

A filha e o genro da mulher, que também são vizinhos da suspeita, estão com mandado de prisão por terem participado do ritual em que a criança teria ficado no centro de um círculo, e eles estariam em volta observando e participando dos atos, juntamente com o pai do bebê.

A mãe da vítima, uma adolescente de 17 anos, chegou a ser apreendida pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Rondonópolis, cidade em que estava acompanhando a filha no hospital. Ela foi ouvida e liberada ao Conselho Tutelar, por não estar em flagrante. No entanto, ela será responsabilizada por ato infracional análogo a tentativa de homicídio, de acordo com o delegado.

A menina segue internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Rondonópolis. De acordo com a equipe médica foi detectada a presença de três agulhas, duas na cabeça e uma na região do tórax.

O caso continua em investigação pela Delegacia de Polícia de Jaciara.

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