segunda-feira, 20/outubro/2025
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Operação Rastro de Érebo mira cooperativas por extração ilegal em rios no Nortão

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Redação Só Notícias (fotos: assessoria)

A Polícia Civil deflagrou, hoje, a Operação Rastro de Érebo, para o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão nas cooperativas cooperativas que realizavam a extração ilegal de minérios em áreas de preservação permanente nos municípios de Peixoto de Azevedo e Matupá. A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente, busca apurar e coibir crimes de danos ambientais em áreas estaduais, provocados por balseiros que realizavam a extração ilegal de minérios nos rios Peixoto e Peixotinho, entre as duas cidades.

A decisão da Justiça da Comarca de Peixoto de Azevedo também determinou a eventual destruição das balsas quando não for possível a remoção, estabeleceu o bloqueio das atividades das cooperativas, a interdição dos empreendimentos até que regularizem a situação junto aos órgãos ambientais competentes e a proibição de emitir notas fiscais e movimentar a exploração minerária ilegal causadora de dano ambiental, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

O trabalho operacional, realizado pelas vias fluvial, aérea e terrestre, contou com a atuação integrada das forças de segurança pública e órgãos fiscalizadores ambientais, com o objetivo de conter o avanço dos danos contra o meio ambiente causados pela extração ilegal.

A delegacia especializada iniciou a investigação em junho deste ano, após receber denúncias acerca de um cenário preocupante de degradação ambiental provocado por atividades de mineração ilegal nas proximidades dos rios Peixoto e Peixotinho. Conforme apurado pela Polícia Civil, a extração clandestina vem causando uma série de impactos ambientais que comprometem não apenas o equilíbrio ecológico local, mas também a qualidade da água que abastece a população de Peixoto de Azevedo e Matupá.

As investigações apontaram que as áreas de preservação permanente foram invadidas e degradadas por maquinários utilizados em garimpo, resultando em processos erosivos e no assoreamento dos cursos d’água.

O delegado Guilherme Pompeo, responsável pela investigação, explica que a principal consequência desse tipo de crime é a crescente poluição dos rios, cujas águas têm apresentado níveis elevados de sedimentos, produtos químicos e metais pesados. Essa contaminação coloca em risco o sistema de captação e tratamento de água municipal, podendo gerar sérios prejuízos à saúde pública, além de destruir e comprometer a fauna e a flora aquáticas.

Além da poluição das águas, a extração ilegal também devastou extensas áreas de vegetação nativa, comprometendo habitats de espécies aquáticas e terrestres. “O uso de maquinário pesado agravou a erosão das margens, alterou o curso natural dos rios e intensificou o assoreamento. O resultado é um ambiente em desequilíbrio, no qual a fauna e a flora lutam para sobreviver diante da pressão crescente das atividades criminosas”, disse o delegado.

Participaram da operação equipes da Dema, Coordenadoria de Recursos e Operações Especiais (Core), Delegacia Regional de Sinop, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Batalhão de Operações Especiais (Bope), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Ao todo, 41 profissionais foram empregados na Operação Rastro de Érebo, entre policiais civis, militares, agentes de fiscalização estadual e federal e peritos oficiais, com apoio de 13 viaturas, um helicóptero e cinco embarcações.

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