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Operação Guns mira esquema sofisticado de comércio de armas em MT e mais Estados

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

A Polícia Civil deflagrou, hoje, a Operação Guns, para cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão domiciliar com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado no comércio ilegal de armas de fogo, com conexões interestaduais. As ordens judiciais são cumpridas em endereços localizados em Cuiabá, Várzea Grande e Santa Rita do Trivelato.

As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), apuram os crimes de comércio ilegal de arma de fogo e integrar organização criminosa, além de indícios de lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, a ação busca apreender armas de fogo, munições, dispositivos eletrônicos, documentos e valores em espécie relacionados às atividades criminosas.

A investigação iniciou em 25 de abril do ano passado, quando, em uma ocorrência policial, foram localizadas duas armas de fogo municiadas, descartadas pelos ocupantes de uma caminhonete S10. Na abordagem, foram apreendidas uma pistola Glock calibre 9mm com numeração raspada e uma pistola Taurus calibre .45, produto de roubo. Na chácara de onde os investigados haviam saído, a equipe policial também localizou drogas.

A partir de elementos colhidos durante as investigações, as equipes descortinaram um complexo esquema de comércio ilegal de armamentos. O grupo criminoso negociava diversos tipos de armas, incluindo pistolas, revólveres, fuzis e metralhadoras. Os armamentos eram comercializados por valores que variavam entre R$ 4 mil e R$ 19 mil, além de transações envolvendo munições e acessórios.

As investigações revelaram que o grupo criminoso utilizava contas bancárias vinculadas a duas empresas para movimentação financeira ilícita. Os CNPJs estavam registrados em nome de indivíduos com passagens criminais, configurando fortes indícios de uma estrutura voltada para lavagem de capitais. As investigações apontaram a dimensão interestadual das operações, com armamentos sendo adquiridos e negociados entre criminosos de Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro.

As investigações identificaram um grupo criminoso hierarquizado e estruturado, com possível vinculação a uma facção criminosa, que atua de forma permanente e contínua no comércio ilegal de armamentos. O líder do grupo coordenava as ações criminosas de dentro do sistema prisional, utilizando terceiros para operacionalizar as transações.

Segundo o delegado Marcelo Miranda Muniz, responsável pela coordenação da operação, os investigados ocupam diferentes posições na estrutura criminosa – intermediação, armazenamento, repasse de armamentos, fornecimento de munições e movimentação financeira. “O líder exercia o comando das operações mesmo estando recluso; intermediadores negociavam e transportavam armamentos; operadores logísticos auxiliavam no armazenamento e repasse; fornecedores mantinham estoque de munições; havendo, ainda, a movimentação de valores por meio de contas de terceiros e empresas”, explicou o delegado.

As investigações continuam com o objetivo de identificar outros envolvidos, aprofundar a materialidade dos delitos e mapear a extensão das operações do grupo criminoso.

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