Onze pessoas foram presas durante uma operação de combate ao tráfico de drogas em Várzea Grande, na madrugada de sábado. Entre eles um casal de adolescentes. A operação “Choque de Ordem 3” cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em casas e, além de drogas, apreendeu R$ 5 mil em dinheiro e o quadro de uma motocicleta, parcialmente depenada, que havia sido roubada em Cuiabá. A operação, que contou com 80 policiais do Comando Regional 2 (CR-2), se concentrou nos bairros 24 de Dezembro, 7 de Maio, Praia Grande e Souza Lima. Os mandados de busca tiveram como alvos pontos de comercialização de drogas, as “bocas de fumo”, denunciadas pela própria sociedade ou que foram identificadas com o trabalho do Serviço de Inteligência.
Entre os presos está o cabeleireiro Milton Antônio Ferreira, 48 anos, que nega ser traficante. Disse que há 17 anos é usuário de drogas. A PM localizou uma porção de drogas no salão dele, no bairro 24 de Dezembro. No bairro foi preso Wagner José da Silva, 19, que alegou, inicialmente, ter apenas 14 anos. O alvo do mandado de prisão era o pai dele, Benedito Maria da Silva, que conseguiu escapar do cerco da PM. Na casa foram apreendidas drogas.
Outros presos são: Valdeir Gil, Everaldo Abrão da Silva, Alexandro Leite dos Santos, Odinei Onório de Jesus, Wilson Oliveira de Jesus e Ana Paula da Silva Costa. Entre as apreensões estão 500 gramas de pasta-base de cocaína, 66 trouxinhas da mesma droga, 4 TVs de LCD, 1 balança de precisão e 7 munições deflagradas, além de diversos celulares, câmeras digitais, entre outros objetos.
Segundo o tenente-coronel Pery Taborelli, comandante do CR-2, com o combate sistematizado ao tráfico de drogas se consegue reduzir outros crimes, principalmente roubos e furtos, bem como os homicídios decorrentes de cobranças de dívidas e acertos entre traficantes. Mas a questão de falta de estrutura do município tem sido a principal adversária da PM, admite o tenente-coronel Manoel Nascimento Santos, do 4º Batalhão. Os bolsões de misérias com favelas instaladas na área central, ruas intransitáveis e falta de iluminação pública dificultam o acesso da polícia e contribuem para a ação dos criminosos.