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Operação da PF mira quadrilha em MT e mais Estados por esquema milionário com apostas ilegais

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo - atualizada 09:44h)

A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Opções Binárias com o objetivo de desarticular um grupo criminoso que utiliza plataformas de opções binárias e casas de apostas irregulares (bets) para cometer diversos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, como lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e estelionato digital. São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em residências em Barra do Bugres (166 km ao Médio Norte de Cuiabá), quatro em São Fidélis (RJ), dois no Rio de Janeiro e os demais em Goiânia, Manaus, Campos dos Goytacazes (RJ), Santana do Parnaíba (SP) e duas buscas e apreensões em empresas na cidade de São Fidélis.

Também serão cumpridas medidas cautelares diversas da prisão para quatro investigados – proibição de atividades econômicas em plataformas de investimentos, jogos e apostas; proibição de se ausentar da cidade onde residem; recolhimento domiciliar no período noturno e finais de semana; e monitoramento por tornozeleira eletrônica. Além disso, eles serão alvo de sequestro de veículos, valores em contas e aplicações financeiras – tal medida também atingirá outras três pessoas jurídicas investigadas, sendo que duas delas terão as atividades suspensas.

As investigações iniciaram com base em informações obtidas pela Polícia Federal acerca do suposto enriquecimento ilícito de influenciadores digitais de São Fidélis e apontaram para diversos crimes em meio digital, com a participação de um empresário, influenciadores e contatos chineses. O grupo atuava em três frentes: os chineses forneciam serviços de manipulação de plataformas de opções binárias, os quais eram comprados por parte dos investigados e revendidos a outras pessoas, com promessas de lucros exorbitantes; parte dos investigados contratava influenciadores digitais para promover plataformas de apostas e de opções binárias, tendo o lucro em cima das perdas dos apostadores captados pelo influenciador como cláusula do contrato; e, por último, outra parcela dos investigados criou uma plataforma própria de opções binárias, pela qual captavam clientes. O grupo remetia a práticas como bloqueio de contas e travamento de saques quando os clientes obtinham êxito nas negociações dentro da plataforma.

Em cerca de dois anos, “um dos investigados recebeu, sozinho, mais de R$ 28,3 milhões sem lastro financeiro”. A polícia estima “que a organização criminosa tenha captado ilegalmente mais de R$ 50 milhões” e “que as apurações também revelaram que integrantes do grupo possuíam envolvimento com a gestão de casas de apostas on-line sem regulação, anteriormente à empreitada criminosa relacionada às plataformas de opções binárias”.

Plataformas de opções binárias são ambientes online onde se aposta na alta (call/up) ou baixa (put/down) de um ativo (moedas, cripto, etc.) em curto prazo, sem a aquisição do ativo em si. Tratam-se de operações de alto risco, que se assemelham mais a jogos de azar do que a investimentos tradicionais. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) não regula essa atividade no Brasil, o que significa que não há proteção ao investidor em caso de problemas, detalhou a assessoria da Polícia Federal.

Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e estelionato digital.

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