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Operação da PF em Mato Grosso desarticula grupo criminoso que lucrava R$ 30 milhões ao mês

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A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, a operação Hybris com o intuito de desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas. Estão sendo realizadas 36 prisões preventivas, quatro prisões temporárias de 30 dias e 48 buscas e apreensões. Os mandados foram expedidos pelo juízo da 1ª Vara Federal de Cáceres e são cumpridos nos municípios mato-grossenses de Cuiabá, Cáceres, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, e nos Estados de São Paulo, Tocantins e Minas Gerais.

Também estão sendo apreendidos bens de alto valor, veículos, fazendas, apartamentos, casas, aeronaves, armas e dinheiro em espécie que são fruto da atividade criminosa e que são utilizados para o próprio tráfico de drogas.

As investigações detectaram que o grupo teria movimentado cerca de R$ 30 milhões ao mês com a grife “Superman Pancadão”. O inquérito foi iniciado em 2013 através de informações de inteligência coletadas durante a operação Sentinela, que identificou um grupo criminoso com características de organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas atuando no município de Pontes e Lacerda e circunvizinhanças, responsável por frequentes carregamentos de cocaína oriunda da Bolívia para São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará, Maranhão e também países da Europa.

Durante a investigação foram apreendidas cerca de quatro toneladas de cocaína e dois milhões de dólares em quinze ações policiais que resultaram nas prisões em flagrante de 32 pessoas, materializando assim a atuação do grupo, muito embora acredita-se que fossem comercializadas até três toneladas da droga ao mês.

Para atestar a qualidade do produto, os criminosos rotulavam a droga com a imagem do personagem “Superman”, seguida da palavra “Pancadão”, que remete ao líder da organização, existindo outras apreensões no país e no exterior de drogas com esta marca não relacionadas à operação Hybris.

A organização criminosa é fortemente estruturada e hierarquizada, com liderança firme e divisão de tarefas, incluindo a participação de casas de câmbio para a compra de dólares utilizados na negociação e a adoção de práticas violentas para aterrorizar inimigos e moradores da região de fronteira, possuindo ligações políticas que culminaram na utilização de empresas fantasmas e contratos com órgão público municipal para lavar o dinheiro obtido com o tráfico.

Para a deflagração estão sendo utilizados 220 policiais federais, contando com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal.

O nome da operação remete a um conceito grego que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida, “descomedimento" e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência termina sendo punida.

(fotos: assessoria)

   

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