A Polícia Civil, por meio da Corregedoria-Geral, deflagrou, esta manhã, a operação “Clear Sky”, para cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares diversas de prisão, com objetivo de apurar crimes de concussão, de advocacia administrativa e de associação criminosa ocorridos. Os alvos são cinco policiais, servidores e ex-servidores da delegacia de Marcelândia, além de dois advogados que atuam na mesma cidade. As ordens judiciais são cumpridas nas cidades de Cuiabá, Vila Bela da Santíssima Trindade, Peixoto de Azevedo e Marcelândia.
A investigação apurou os crimes de concussão, de advocacia administrativa e de associação criminosa ocorridos, em tese, no município de Marcelândia (165 km de Sinop), pelo menos desde 2018. De acordo com a apuração, os policiais civis previamente ajustados em unidades de propósitos com advogados, com estabilidade e permanência, passaram a exigir, para si e para outrem, direta e indiretamente, em razão da função, vantagem indevida, consistente na exigência ainda que dissimulada, a contratação de advogado específico ou alguém por este indicado, sob pena de encaminhar o preso em flagrante para o presídio “Ferrugem” em Sinop.
A investigação conseguiu apontar, que os valores pagos a título de fiança formalizada nos autos era um valor inferior ao que havia sido pago pelos familiares dos presos, sendo que se “vendia” um preço global que os presos e seus familiares deveriam pagar, não especificando o que seria fiança e o que seriam honorários advocatícios, para que eles se livrassem soltos.
A operação foi batizada de “Clear Sky”, com a finalidade de fazer uma alusão ao céu limpo, no sentido de demonstrar que a partir da ação da Corregedoria-Geral os presos e seus familiares tenham a liberdade de contratar qualquer advogado na cidade, e estes não sejam impedidos de exercer suas atividades na delegacia de Polícia do Município de Marcelândia.
Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.