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Oficial de justiça acusado de estuprar duas crianças é preso em Cuiabá

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A Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), da Polícia Judiciária Civil, prendeu, ontem à tarde, o oficial de justiça V.S.S., 58 anos. Ele é acusado de praticar estupros de vulnerável, ameaças, tortura e armazenar fotografias pornográficas contendo imagens de crianças em seu computador. A prisão foi efetuada na residência do acusado, no bairro Poção, em Cuiabá. Na casa, os policiais da Deddica também cumpriram mandado de busca e apreensão.

A delegada titular da Deddica, Alexandra Fachone, disse que a denúncia foi feita pelos familiares de duas das vítimas, uma menina de 11 anos e um menino de 5 anos, há cerca de cerca de 15 dias. "As famílias desconfiavam que algo de ruim estivesse ocorrendo com as crianças devido à mudança de comportamentos", disse a delegada.

As crianças foram levadas à Deddica e após acolhimento realizado pela equipe multidisciplinar, acabaram contando, que há aproximadamente um ano vinham sofrendo abusos sexuais e as outras formas de violências físicas e ameaças cometidas pelo acusado, ex-namorado da avó materna das crianças.

Segundo a delegada, o trabalho realizado pelos profissionais da equipe multidisciplinar com as crianças foi complexo, em virtude dos traumas sofridos e do medo que sentem do agressor. "Foram necessários dois atendimentos, de diversas horas, em dois dias distintos para que as vítimas se sentissem confiantes e assim delatassem tudo que vivenciaram".

Diante da gravidade dos fatos e do medo que as vítimas e seus familiares estavam sentindo do acusado, que ainda intimidava e procurava manter contato com as crianças, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do acusado e busca e apreensão de objetos relacionados aos crimes apurados. As ordens foram expedidas 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, da Capital.

As crianças foram retiradas da casa e ficaram na companhia de parentes em outros locais, durante o período da investigação. O acusado ao ser interrogado se reservou no direito constitucional de permanecer calado e somente se pronunciar em juízo. Ele foi encaminhado à Polinter, em Cuiabá.

O inquérito policial será finalizado e encaminhado à Justiça na próxima semana.

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