O derrame de notas falsas ocorrido em Nova Bandeirantes há cerca de dez dias fez vítima em Alta Floresta. O marceneiro Domingos Aquino de Oliveira acabou pegando uma cédula falsa de 50 reais em uma agência bancária na última quinta-feira. Ao depositar no dia seguinte, acabou tendo que arcar com o prejuízo.
Segundo Domingos, no final do expediente bancário de quinta-feira, por volta de duas horas, ele trocou um cheque de 1,4 mil reais em uma agência, na avenida Ludovico da Riva Neto. O dono da marcenaria precisava desse valor para depositar em outro banco para quitar a compra de uma máquina para sua empresa. Como no caixa eletrônico ele não disporia desse valor para saque (o limite é mil reais) teve que trocar o cheque na ‘boca do caixa’. Entre 28 notas de 50 reais, uma era falsa.
Cinco minutos depois de trocar o cheque, Domingos foi ao banco vizinho, aonde fez o depósito. Como a agência havia encerrado o atendimento externo, o marceneiro teve que fazer o depósito no caixa eletrônico tendo recebido ajuda de um funcionário. A surpresa veio no dia seguinte, quando foi informado que uma das notas era falsa.
“Ele (o funcionário que o atendeu no segundo banco na quinta e informou sobre o encontro da nota falsa) disse que não podia fazer nada. Eles retiveram a nota e me deram um comprovante. Me deram um prazo de 20 dias pra ver se ela é falsa. Se for, o prejuízo será meu”, disse Domingos, citando que o banco onde pegou o dinheiro falso disse que o marceneiro não tinha como provar ter o pego o dinheiro na agência. “Porque eu peguei o dinheiro e saí porta afora. Aí eu perdi o direito. Eu não sabia que tinha nota falsa. Se tivesse, eu não saberia se era falsa ou não”, lamentou. “Quem tem obrigação de saber se era falsa ou não é o banco”.
“Eu arco com o prejuízo, mas a população tem que ficar sabendo, tem que ficar mais esperto ao pegar dinheiro no banco”, concluiu Domingos.