Nove pessoas foram presas em uma operação realizada em Sinop contra à exploração sexual. Os acusados são proprietários de bares e restaurantes, que alugam quartos para que mulheres façam programas no fundo dos estabelecimentos. Todos foram autuados em flagrante e estão presos na delegacia da cidade. Nenhum menor foi encontrado.
O Ministério Público Estadual (MPE) e as polícias Civil e Militar participaram da ação que tinha como objetivo inicial visitar 12 estabelecimentos. Entre os que estavam na lista, apenas 6 foram estavam abertos. Os locais foram identificados pela Polícia Civil, que monitorou a movimentação dos frequentadores.
O promotor de Justiça Nilton César Padovan esteve em um dos estabelecimentos. Ele conta que a dona do bar afirmou que não explorava ninguém. Ele relatou ao promotor que as mulheres ficavam lá porque queriam e davam uma “ajuda” para pagar as contas. Depois, a acusada admitiu que cada programa custava em média R$ 30 e R$ 10 era repassado à ela.
O grupo não encontrou nenhuma criança ou adolescente nos comércios vistoriados. Padovan assegura que vai intensificar o combate à prostituição infantil e venda de bebidas alcóolicas a menores de idade na cidade. Na próxima semana, o trabalho será em bares do centro.
Ele afirma que haverá uma audiência pública para discutir a possibilidade de instalar o toque de recolher para menores. O promotor diz que a decisão vai atingir diretamente a sociedade e por isto precisa saber a opinião das pessoas. Padovan argumenta que muitas pessoas já entraram em contato com a promotoria pedindo a implantação.