Passados mais de trinta dias ao roubo no Banco do Brasil em Tabaporã (200km de Sinop), a Polícia Civil do Nortão mantém as investigações para identificar todos os integrantes do grupo que provocou pânico na cidade. Até o momento, somente Djalma de Paula Silva, acusado de dar suporte a quadrilha, em troca de R$ 10 mil, foi preso. A justiça também expediu a ordem de prisão para Luiz Baranoski, mas ele está foragido.
As autoridades priorizam o caráter técnico na investigação, isto é, quando se apoiam na coleta de informações mediante escutas telefônicas, e demais aspectos, tentando apontar qual a participação efetiva de cada um dos membros. O delegado Joaz Gonçalves comanda o caso. Ele informou que o inquérito foi concluído e enviado ao judiciário que analisa um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Djalma.
Por meio de relatos de testemunhas e informações obtidas acerca do caso, a polícia descobriu que Luiz Baranoski estava com Djalma mas conseguiu escapar. Luizinho, como é conhecido, tem antecedentes criminais e já chegou a ser preso, por exemplo, em Porto dos Gaúchos por porte de arma de fogo, em Sinop. É oriundo de Sorriso. Para avançar nas descobertas a Polícia Civil deve recorrer ao Grupo de Combate ao Crime Organizado, uma organização criada dentro da instituição com a finalidade de tratar de casos desta natureza.
A ação criminosa que aterrorizou a população de Tabaporã resultou no roubo de uma quantia estimada em R$ 166,5 mil. Por aproximadamente dez dias as polícias da região de Juara concentraram as buscas em uma região de mata onde supostamente estavam escondidos pelo menos três integrantes do bando.
Os criminosos invadiram aldeias indígenas e roubaram mantimentos, roupas, remédios entre outros produtos. A primeira de Itu Cachoeira e a outra em Tatuí, às margens do rio dos Peixes, na região de Juara.
Quem mora em Tabaporã lembra do dia 4 de setembro com receio. O episódio, que mais se pareceu com a ficção científica pôs em destaque a falta de estrutura do efetivo policial das cidades pequenas.