O juiz da primeira vara criminal de Colíder, José Mauro Nagib Jorge, determinou que a conclusão das investigações sobre a morte de Carlos Eduardo Araújo Santos, 22 anos, seja concluída em 10 dias. O inquérito está aberto desde fevereiro. Um dos acusados de assassinar o jovem, com dois tiros na cabeça, e jogá-lo da ponte do rio Teles Pires, a 80 quilômetros do município (160 km de Sinop) também teve a prisão preventiva decretada, semana passada. De acordo com a ação, Daniel Pereira Neres, cumpriu prisão temporária durante 60 dias. “Sendo a medida, sem oferecimento de denúncia, absolutamente excepcional. Só justificada em razão da reincidência verificada”. Portanto, “se há indícios para prisão preventiva, há muito mais para oferecimento de denúncia, sob pena de coação ilegal”, descreve o texto.
Além da materialidade do delito e indícios de autoria, conforme interrogatório e depoimento do co-autor. Já Rodrigo Augusto Amaral, também indiciado, cunhado da vítima, responde em liberdade.
Em depoimento, conforme Só Notícias já informou, Rodrigo disse que Daniel teria ajudado na execução do crime. Ele confessou que atirou duas vezes contra a cabeça da vítima e jogou o corpo da ponte. A motivação seria um suposto abuso sexual cometido pela vítima contra uma criança. Segundo o delegado, Sylvio Vale Júnior “como as investigações correm em segredo de justiça, não é possível divulgar os resultados”.
O delegado confirmou que Rodrigo não foi preso pois se apresentou à polícia e colaborou com as investigações. Eduardo foi morto em fevereiro. O crime chegou ao conhecimento da polícia quando a mãe foi até a delegacia informar seu desaparecimento. Outra denúncia de que o jovem teria sido assassinado e jogado da ponte levou as autoridades iniciarem as buscas. Os bombeiros encontraram o corpo 6 dias depois, a cerca de 100 quilômetros de distância, no município de Alta Floresta.