O delegado Rogério Malacarne, um dos responsáveis pelas investigações da execução do prefeito de Nova Canaã do Norte, Antônio Luiz Cesar de Castro, disse que há indícios que o acusado de ser o mandante do crime, Wanderlei Teixeira de Almeida (foto), 43 anos, estava no clube de lanço, onde ocorreu o assassinato, e tinha motivos para querer a morte do prefeito. “Nós temos provas que ele estava no local do crime, ele tinha motivos para praticar o delito, era conhecido da vítima e a pistolagem não age com capuz então há indícios que ele realmente tenha feito o ato de execução”, disse, em entrevista.
Um dos motivos do assassinato seria porque o prefeito comprou um imóvel que era de Wanderlei. “O arremate do imóvel pelo prefeito, que foi adquirido com o dinheiro do Banco Central (com dinheiro do assalto ocorrido há vários anos e o acusado teria suposto envolvimento com um dos assaltantes). E o magoou muito e tem outras questões da cidade que nós colhemos em depoimentos”, disse o delegado.
O inquérito deve ser concluído até o dia 31 dete mês, data em que termina o prazo da prisão temporária de Wanderlei e de Vanilson dos Santos, outro suspeito de envolvimento no assassinato, que foi preso em Nova Canaã do Norte, onde ocorreu a execução. Ele foi transferido para Alta Floresta e é acusado a ajudar na fuga de outro acusado e intimidar testemunhas.
Conforme Só Notícias já informou, Wanderlei foi preso na segunda-feira (1) em Diadema (São Paulo), pela equipe da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. O secretário de Segurança, Diogenes Curado, disse, ao Só Notícias, na terça-feira, que “o homem preso em São Paulo é o principal acusado de ser o mandante do crime. É irmão de uma pessoa ligada ao assalto no Banco Central no Ceará (há vários anos). Uma das linhas de investigação é que o prefeito tinha arrematado, em leilão da Justiça Federal, imóveis que foram sequestrados. E estes imóveis haviam sido comprados com dinheiro do assalto”, informou. Os acusados da execução queriam ter novamente a posse.
O crime
De acordo com as investigações, dois homens chegaram em um Gol branco ao clube, onde o prefeito estava. Um deles, encapuzado, entrou e foi até o prefeito. Ele teria se certificado que a vítima era realmente seu alvo, perguntando se era o “Luizão”. Após ter confirmado, efetuou os disparos com uma pistola 380. Os tiros foram disparados a curta distância, cerca de um metro, e atingiram na região do tórax e nas costas do prefeito. No local foram coletados projeteis de calibre 380. O suspeito deixou o clube a pé. O assassinato ocorreu no dia 5 de agosto do ano passado, por volta das 21h30. Luizão levou sete tiros, de pistola, a queima roupa.
(Atualizada às 09:12h em 4/5)