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Nortão: cabo que atirou em médica se apresenta e fica em silêncio

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O cabo da Polícia Militar Lourival de Oliveira, acusado de atirar, quinta-feira (6) à tarde, na médica Valéria Lemelle Xavier, 46 anos, na unidade de saúde Santa Maria, em Guarantã do Norte (260 km de Sinop), se apresentou na delegacia de Polícia Civil, ontem (feriado). De acordo com seu advogado, Pedro Henrique Gonçalves, o policial usou o direito de permanecer calado e deverá se pronunciar com o andamento do inquérito. Ele também disse que Lourival está à disposição para prestar todos os esclarecimentos. Ele ficará em liberdade.

A Polícia Militar abrirá procedimento administrativo para apurar o caso e, se for constatado que o crime é da esfera comum. “O policial não estava de serviço, pois estava afastado por meio de um atestado médico devido a depressão e um acidente vascular cerebral que sofreu e utilizou uma arma particular e não da PM”, disse o major Silva Sá, ao Só Notícias.

O comandante do 22º batalhão da Polícia Militar de Peixoto de Azevedo, tenente coronel Jabes Lyra de Lima, enviou nota, ao Só Notícias, esclarecendo também que a “PM realizará as devidas investigações que a legislação militar requer”.

De acordo com a secretária de Saúde em Guarantã, Veroni Panseira, o estado de saúde de Valéria até ontem, era estável e não corria mais o risco de morte. Ela continua internada em um hospital em Sinop.

Conforme Só Notícias já informou, Lourival foi a unidade de saúde solicitando um atestado médico contendo informações do CID (Classificação Internacional de Doença) que o manteria afastado da sua função. Em nota, a prefeitura expôs que “a médica, que atende como clínica Geral, informou que poderia dar a declaração, porém, o atestado dependeria de um médico neurologista, dando o encaminhamento necessário. O paciente, insatisfeito e querendo um atestado, agiu com extrema agressividade informando que faria uma denúncia à Secretaria de Saúde e que se os responsáveis não a removessem da unidade ele mesmo faria isso”. Diante das ameaças a médica informou que ligaria para a Polícia Militar, e, durante a ligação, veio a ser alvejada por um tiro no tórax.

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