Bruna Tatiane Evangelista Felski, de 26 anos, principal suspeita de assassinar Genuir de Barros, 67 anos, e o filho dele, 37 anos, se apresentou na delegacia de Polícia Civil na última segunda-feira, onde prestou depoimento por aproximadamente quatro horas ao delegado José Getúlio Daniel. Em seguida, foi liberada, já que se apresentou em situação que não caracteriza mais estado de flagrante.
De acordo com a nota de defesa, Bruna detalhou a autoridade que vive em união estável com o esposo, desde março de 2021. “A partir do momento em que descobriu as traições do marido com a mulher (suposta amante) vinha tentando restaurar sua família, já que ele se mostrou arrependido”. No sábado, dia dos crimes, Bruna revelou que seus pais estavam na sua casa, que fica aproximadamente 600 metros da casa onde ocorreram os fatos e “naquele dia tinha marcado para tomar uma injeção e fazer um tratamento estético, momento em que ao passar em frente à casa da mulher (suposta amante), pode ver seu pai sentado em frente à residência, onde parou juntamente com sua mãe para lhe pedir para falar para a mulher parar de enviar mensagens a seu esposo, pois está gestante e tentando reconstruir sua família”.
Neste momento, segundo Bruna, a mãe da mulher “saiu bastante alterada de dentro da casa, proferindo palavrões e ofensas contra Bruna e iniciou uma discussão no sentido de defender a filha”. “Que após o esposo ter sido comunicado pela mulher que Bruna estava em sua casa, este apareceu no local junto com o pai de Bruna”, segundo a nota da defesa.
Conforme ainda a versão de Bruna, “quando todos já estavam entrando em seus veículos para irem embora, o irmão da mulher (Marcelo de Barros) saiu bastante exaltado e agressivo de dentro da residência, agredindo a mãe de Bruna e, em seguida, Bruna, momento em que seu pai tentou intimidar o rapaz, sem êxito”. Marcelo, então, teria passado a “agredir o pai de Bruna, em uma tentativa de tirar deste o facão para feri-lo, momento em que Bruna vai até o carro de seu esposo, temendo por sua vida e pela vida de seu pai, pega a pistola de Rodrigo, que estava no carro, e dispara contra o irmão da suposta amante. De imediato, o pai de Marcelo, vai em direção a Bruna, que, para defender sua vida e a vida de seu filho, dispara”, segundo a versão apresentada pela defesa.
Em seguida, ela relata que soltou a arma no chão, quando começou a ser agredida pela mulher que estaria tendo o caso com seu marido, onde derruba Bruna no chão e sobe em sua barriga, fazendo quase desmaiar, quando então seus pais retiram a mulher de cima de Bruna, entram no veículo com Bruna e saem do local”, acrescenta a nota da defesa da investigada.
Por fim, a defesa alega que não houve premeditação por parte de Bruna. Diz a nota de esclarecimento que a suspeita está muito “assustada, lesionada, pois recebeu socos, caiu ao solo, tem aranhões, hematomas, lesões ocasionadas pela queda, está tendo contrações e pequena perca de líquido amniótico devido a mulher ter sentado em sua barriga já com 33 semanas de gestação, teme muito por sua vida e pela vida do seu bebê”, concluiu.
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