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Nortão: 5 presos em operação por extração ilegal de madeiras

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A Polícia Judiciária Civil prendeu cinco pessoas por envolvimento na extração ilegal de madeiras durante a operação “Fluxo Verde” deflagrada, esta manhã, na região Norte. Desde às 6h, os investigadores estão percorrendo os municípios de Cláudia e União do Sul para dar cumprimento a 13 mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão.

De acordo com informações da assessoria de imprensa, os principais alvos são madeireiros e pessoas ligadas ao setor. A operação é resultado de investigação da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) iniciada há quatro anos para apurar crimes ambientais cometidos em uma propriedade, de 27 mil hectares em União do Sul. "Estas terras estão sendo dilapidadas, o bioma da região está acabando, tamanha a depredação do meio ambiente", disse a delegada da Dema, Maria Alice Amorim, que preside a investigação.

De acordo com ela, na fazenda alvo do desmatamento clandestino já foram realizadas várias fiscalizações em campo, com incursões na mata, que resultaram em prisões em flagrantes de pessoas contratadas para o corte de árvores e também na apreensão de maquinários, ferramentas de corte, e caminhões carregados com toras  derrubadas. "Essas toras são cortadas, recepcionadas e encomendadas por madeireiros, que colocam pessoas lá dentro".

As investigações da Polícia Civil identificaram que a propriedade está sendo loteada pelas quadrilhas que ali atuam. "Tem frentes de trabalho, com destino certo da madeira. O que precisa ser identificado é a madeireira, que alimenta o fluxo, e existem propriedades que também praticam a retirada da madeira".

Conforme apurou a Polícia Civil, a madeira clandestina já sai documentada da região, devido agilidade da quadrilha, que com uso de notas fiscais frias conseguem "driblar" a fiscalização durante o transporte nas rodovias. "A ideia da  busca cautelar é identificar de onde vem esses documentos. Todo o esquema delituoso vai se esclarecido agora com o cumprimento dessas prisões temporárias e das buscas e apreensão".

Os envolvidos no esquema de extração ilegal de madeira e legalização do produto podem responder por furto qualificado, receptação, formação de quadrilha, falsificação de documento, e vários outros crimes ambientais.

Ao todo, 50 policiais da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Gerência de Operação Especiais (GOE), todas de Cuiabá, participam da ação que ainda está em andamento.

(Atualizada às 10h35)

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