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MT pode fazer parte de nova rota internacional de tráfico

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A apreensão na região de fronteira do Estado de Mato Grosso de 177,2 quilos de cloridrato de cocaína, que após preparação para comercialização pode chegar até 800 quilos, apresenta indícios da existência de uma nova rota do tráfico de entorpecentes oriundos do Peru e da Colômbia. O laudo conclusivo ainda não está pronto, mas análises preliminares realizadas com base na coloração do produto reforçam a sua procedência. Conforme Só Notícias já informou, a droga foi apreendida ontem (15) de madrugada, no rescaldo da "Operação Cadeado VI". De acordo com o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, a pessoa detida com o produto tem nacionalidade Equatoriana e, em depoimento, citou a participação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Faremos uma investigação à parte para verificarmos se existe ou não uma nova rota do tráfico na região de fronteira", afirmou o secretário, lembrando que entre os anos de 2001 a 2003, a droga oriunda da Colômbia chegava ao Brasil em transporte aéreo.

A operação começou no dia 4 e foi promovida pelo Exército em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp), Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), polícias Federal, Militar e Civil, Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron), Corpo de Bombeiros, entre outras instituições.  "Essa operação demonstra que o Estado, em suas diversas esferas de atuação, esteve presente na fronteira para não só reprimir a ocorrência de crimes como também para orientar e atender à população da região. A integração entre as diversas instituições reforça o poder de organização do Estado e, com certeza, coíbe a atuação de traficantes ", afirmou o coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado.

De acordo com comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, General de Brigada Marcos Antonio Amaro dos Santos, durante a operação os batalhões de infantaria localizados em Aragarças, Coxim, Rondonópolis e Cuiabá foram transferidos para os municípios de Porto Espiridião, Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade e Comodoro para a intensificação da atuação do Exército na região.

Segundo ele, a finalidade da operação foi prevenir e reprimir os ilícitos. Para se ter uma ideia, no município de Porto Esperidião, cuja média de ocorrências diárias varia de três a cinco, durante a operação não foi registrada nenhuma ocorrência. O Exército, juntamente com as polícias, organizou pontos de bloqueio fixos e móveis em rodovias e em estradas abertas no meio mato, conhecidas como "cabriteiras".

Nesse período, foram realizadas várias ocorrências, como apreensão de veículos com madeira irregular; detenção de pessoas com mandados de prisão em aberto; pesca irregular; pessoas com documentação falsa; tráfico de armas, entre outros. "O poder de prevenção ao crime durante a operação é evidente, pois só foi concluí-la com a retirada das tropas, que no dia seguinte 177 quilos de cocaína foram apreendidos. Durante a operação os traficantes não se arriscam, isso demonstra que operações como esta devem se tornar permanentes", ressaltou o coordenador do Gaeco.

 

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