A hipótese investigada pela Polícia Civil foi reforçada após depoimento da mãe de Joane Glória de Macedo, 19 anos, esta manhã, na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). Segundo a delegada Anaíde Barros, a mãe contou que no dia do sumiço da filha, ela teria dito que iria "resolver um problema dela" e que desconfiava que a filha estava envolvida com drogas.
A mãe também reconheceu as vestes da filha, encontrada na área junto com os ossos. O top é o mesmo que a vítima aparece em uma fotografia no Facebook. Os ossos da moça foram encontrados, ontem à tarde, pelos policiais da DHPP em uma região de barranco, no bairro Barreiro Branco, nas proximidades do Aterro Sanitário da capital.
A área foi indicada pelo principal suspeito do assassinato, C.J.S. De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, ele confessou ter discutido com a vítima na localidade e a empurrou, quando ela caiu e bateu a cabeça em uma pedra. Mas para a polícia, possivelmente, a vítima foi asfixiada e emburrada no barranco.
O suspeito estava preso no presídio do município de Barreiras, na Bahia, e foi recambiando para Cuiabá. Ele foi interrogado pela delegada Anaíde Barros e confessou que tinha relacionamento com a moça e a matou depois de ela disse que iria "armar uma casinha para ele", que no jargão policial significa ameaça de morte ou denunciá-lo, já que é traficante.
A quebra do sigilo telefônico da vítima apontou que a última ligação efetuada foi para ele, que usava o nome falso. "Quando localizamos ele descobrimos que estava preso em Nova Mutum e logo houve a fuga", disse a delegada Anaide Barros.
O autor é traficante e foragido da cadeia de Nova Mutum no dia 5 de fevereiro deste ano, quando vários presos fugiram da unidade prisional depois que agentes prisionais foram dopados por duas mulheres a mando de presidiários da cadeia. Após a fuga foi para o estado da Bahia e acabou preso por uso de documento falso.
O suspeito tem mandado de prisão pela fuga da cadeia de Nova Mutum e terá a prisão preventiva representada pelo homicídio da garota, em Cuiabá.
O caso é investigado pelo delegado Luciano Inácio da Silva, que instaurou inquérito policial pelo crime de homicídio, depois de indícios que o desaparecimento da jovem se tratava de assassinato. Foi a equipe do delegado quem recambiou o preso da Bahia até Cuiabá.