Uma pesquisa nacional aponta Mato Grosso na quinta colocação de mortes em decorrência de assaltos envolvendo os bancos. Neste primeiro semestre, foi registrada uma morte na qual a vítima foi refém da “saidinha de banco” em Várzea Grande. O primeiro lugar ficou com São Paulo, seguido do Rio de Janeiro e Pernambuco. Mato Grosso divide a colocação com outros quatro estados.
O levantamento, elaborado pela Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), apurou 32 mortes em todo país durante este primeiro semestre, uma média de 5,33 vítimas fatais por mês, o que representa aumento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2013, quando foram registradas 30 mortes. Em todo o ano passado ocorreram 65 mortes, ou seja, desde os primeiros seis meses de 2011, o crescimento foi de 39,1%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), José Guerra, os dados da pesquisa explicitam que a insegurança bancária é uma triste realidade tanto dos bancários quanto dos clientes que sofrem com a falta de investimentos nos itens de segurança nas agências.
A ocorrência apontada na pesquisa nacional em Mato Grosso foi no dia 27 de maio, quando um cliente, de 55 anos, foi morto em “saidinha de banco” ao trocar tiros com dois assaltantes, no centro de Várzea Grande. A vítima era investigador aposentado da Polícia Civil e havia sacado R$ 5 mil e foi abordado pelos suspeitos logo após sair da agência. Em Várzea Grande não há leis municipais que determinem a obrigatoriedade dos biombos (barreiras visuais entre os caixas) para dificultar as ações criminosas.
“É lamentável que pessoas estão perdendo a vida pela falta de segurança nas agências. Diariamente, clientes são vitimados com as ‘saidinhas de banco’ e os investimentos na área da segurança são mínimo nos bancos. Antes dos lucros, os bancos devem valorizar e priorizar as vidas, que é o mais importante. Nesta Campanha Nacional vamos mais uma vez exigir que os bancos invistam em segurança”, afirma Guerra, por meio da assessoria.
O crime da "saidinha de banco" aumentou ainda mais a liderança entre os tipos de ocorrências, de acordo com a pesquisa, tendo provocado 20 mortes, o que representa 62,5% dos casos. O assalto a correspondentes bancários segue em segundo lugar, agora ao lado dos ataques a caixas eletrônicos, ambos com quatro mortes, o que significa 12,5% das vítimas fatais. Depois, vem mortes em assaltos a agências (3) e transporte de valores (1).